Empire writes back, Ashcroft et ali
(Ashcroft et ali)
O livro The empire Writes Back: Theory and practice in post-colonial literatures (Ashcroft et alli, 1991, doravante Ashcroft) interessa-se pela escrita de autores de países colonizados pelo Império Britânico, e tem como objetivo identificar a variedade e a natureza dos textos pós-coloniais, além de descrever as diversas teorias que explicam essas obras.
Nesse primeiro capítulo Ashcroft considera o desenvolvimento dos modelos descritivos que tratam da escrita pós-colonial e como cada um articula a cultura linguistica. O autor elenca os quatro principais modelos críticos que operam simultaneamente como suposições dentro da prática de crítica e discussão pós-colonial, o modelo nacional ou regional, o baseado em raça, o modelo comparativo e o modelo descritivo crítico.
O modelo nacional ou regional enfatiza aspectos distintos das culturas em relação à influência entre o local e a literatura, a literatura e a nacionalidade e sobre a conveniência das formas literárias. Esses aspectos são pontos de diferenciação entre as culturas nacionais pós-coloniais e à antiga metrópole ao estabelecer a diferença de formas e assuntos de interesse. As características específicas de cada literatura são essenciais para a constituição da identidade nacional em relação a diferença cultural. Segundo Ashcroft uma limitação deste modelo é que embora a ênfase tenha sido transferida da metrópole para a ex-colônia as hipóteses teóricas, a perspectiva crítica e os juízos de valor freqüentemente refletem posições da tradição crítica Inglesa.
O modelo seguinte é baseado na identificação racial e dos aspectos compartilhados pelas várias literaturas nacionais em que ocorreu a diáspora negra africana. Esse modelo trata da raça por considera-lá o principal aspecto da discriminação econômica e política. Além da diáspora Africana este modelo poderia auxiliar na compreensão de outras formas de domínio de minorias. Ashcroft questiona esse modelo devido a concepção dos “críticos da negritude” de que a escrita negra teria qualidades distintivas a partir da identidade e da cultura negra. Esses críticos sem perceber adotam estereótipos que refletem os preconceitos Europeus. Os modernos críticos negros continuam a afirmar a distinção da escrita negra, mas como assunto para análise e como aspectos discursivos e estruturais e quando questionam os modelos regionais forçam os escritores e críticos de países de colonização branca a considerarem sua atitude frente a raça e sua posição ambígua como colonizados e como colonizadores (dominadores de negros).
continua...
AASHCROFT, Bill, GRIFFITHS, Gareth and TIFFIN, Helen. Cutting the ground: Critical models of post-colonial literatures. In: The empire Writes Back: Theory and practice in post-colonial literatures. Terence Hawkes (ed.). p.15-39; London/ New York : Routledge, 1991.
Caso queira continuar a leitura dê uma olhada em vanres.blob.terra.com.br e faça um comentário sobre este resumo.
Resumos Relacionados
- Housegirl
- O Local Da Cultura
- Crítica Literária Africana E A Teoria Pós-colonial
- Fragmentação E Perda Da Identidade Na Literatura: Condição Pós-moderna
- A Crítica Feminista Na Mira Da Crítica
|
|