A MOTIVAÇÃO no envelhecimento
(Ana Almeida; composto pelo próprio)
Motivação
No envelhecimento activo há três áreas que temos de ter em consideração: a biológica, intelectual e emocional.
O envelhecimento biológico pode ser protelado, mas é inevitável. Se desde cedo tivermos cuidados adequados e atenção aos sinais que o nosso corpo nos vai dando, podemos agir atempadamente no sentido de responder de forma eficaz aos “desequilíbrios” orgânicos e esperar ter uma velhice sem grandes complicações físicas.
Ao nível intelectual podemos nunca perder de vista a necessidade absoluta de estimulação constante com exercícios que sejam verdadeiros “desafios para a mente”.
Ao nível emocional, as coisas são ainda um pouco mais complicadas. Ninguém dúvida da importância da motivação. Sem motivação adequada nada acontece. Qualquer um de nós percebe a importância de ter cuidado com a alimentação, de nos mantermos bem hidratados e de fazer exercício físico regular, mas apenas alguns de nós têm a motivação adequada para agir em conformidade com esse conhecimento. Belos discursos não resolvem problemas.
A motivação é o calcanhar de Aquiles do envelhecimento activo e de quase tudo o que nos propomos fazer com a nossa vida. É complicado encontrar motivação e é muito difícil mantê-la por longos períodos de tempo. Por detrás dos problemas de motivação estão muitas vezes problemas emocionais do tipo depressivo ou ansioso. A depressão gera sérias dificuldades para manter a motivação, e a ansiedade leva à fuga e ao desinteresse precipitado. Outro problema sério da motivação surge quando esta é do tipo obsessiva, isto é, demasiado rígida, focalizada e sem sentido crítico. A motivação obsessiva gera stresse e degrada o bem-estar psíquico.
Então, o que fazer quando o problema é em primeiro lugar emocional? Não há receitas milagrosas. São muitos os livros de auto-ajuda, mas a esmagadora maioria é insuficiente para promover uma verdadeira mudança. A solução está na psicoterapia preventiva. Com o psicólogo, a motivação ou falta dela pode ser minuciosamente analisada e a pessoa pode ir descobrindo, através de conversas estimulantes, os seus verdadeiros interesses e os motivos que o impedem de ser mais feliz. Numa relação psicoterapêutica reconstruímos a complexa teia das nossas relações afectivas e, conjuntamente com o psicoterapeuta, “desatamos os nós” que se foram formando pelo caminho. Quando nos oferecemos um espaço (a consulta de psicoterapia) para estarmos em contacto connosco próprios e sermos verdadeiramente escutados, podemos crescer emocionalmente e sentirmo-nos melhor preparados para lidar com o envelhecimento. Quando estamos preparados emocionalmente sentimo-nos mais fortes e capazes de enfrentar as duras provas que o envelhecimento biológico nos coloca.
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