BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Conferência de Karl Popper
(Tradução de Sérgio Brito)

Publicidade
Conferência de Karl Popper: Ciência: Conjecturas e Refutações.
Feito por: MouraLima

Quais condições e quais critérios devem ser atendidos para que uma teoria seja considerada científica e em que categoria se situam aquelas que não atendem às exigências estabelecidas? Estas questões pertinentes à filosofia da ciência, são desenvolvidas na conferência que Karl Popper proferiu em Peterhouse, Cambridge em 1953. (1)
Popper pretende estabelecer uma distinção entre ciência e “pseudociência” que qualifica também de metafísica.
Esta distinção não se fará por uma diferenciação entre método empírico (indutivo, decorrente de observação ou experimentação) e método não empírico ou pseudo-empírico (que não preenche os quesitos de cientificidade embora utilize também a observação e a experimentação).
Por onde passariam então as teses que apresenta como resposta para a distinção proposta entre ciência e “pseudociência”?
As teorias que estimularam seu questionamento e em torno das quais tece considerações, circulavam em 1919 e são elas: a teoria da relatividade de Einstein, a teoria da história de Marx, a psicanálise de Freud e a “psicologia individual” de Alfred Adler. A teoria da relatividade de Einstein, faz um contraponto, marcando os pontos frágeis ou discutíveis das outras três que são alvo de críticas e que estariam para Popper na categoria de “pseudociência”.
A maior crítica dirigida às três teorias insatisfatórias, incide sobre a ilimitada capacidade de explicação que apresentavam. Este poder irrestrito, reside no fato de buscarem comprovações dentro de sua própria teoria para dados que, agregados a seu corpo teórico, passam a serem utilizados para novas justificativas ou comprovações. Estes acréscimos e ajeitamentos diante de impasses impedem uma refutação de seus pressupostos.
Para Popper estes pontos indicam a fraqueza de uma teoria O termo fraqueza indica uma generalidade ilimitada e possibilidades não previstas para verificação e refutação, além de uma ausência de predições arriscadas.
A teoria gravitacional de Einstein havia encontrado por outro lado, pela primeira vez confirmação no procedimento realizado por Eddington, que em 1919 fotografou uma constelação durante o dia (fato possível pelo eclipse solar) e também à noite. Desta forma pôde verificar que um corpo pesado como o sol, de fato exercia atração sobre a luz de outros corpos. Os raios destes últimos, eram deslocados e levando em consideração a direção que sua luz alcançava a terra, aparentavam estarem em outra posição.
Embora Popper não considere as dificuldades em comparar campos tão distintos de conhecimento, coloca como conclusão uma importante exigência para a confirmação de uma teoria: ela deve formular uma predição arriscada, isto é, uma predição que não sendo confirmada, leve necessariamente à sua refutação.
Nesse sentido, a qualidade de uma teoria se afirma na medida em que exclui a ocorrência de determinados acontecimentos. Isto leva o autor a uma correlação entre potencial de refutabilidade e cientificidade. Quanto maior o primeiro maior o segundo.
No sentido contrário estão os salvamentos de teorias que se caracterizam pela inserção estratégica de formulações, que permitem excluir possibilidades de refutação.


(1)POPPER, Karl. Conjecturas e Refutações. Trad. De Sérgio Brith. 3. ed. Brasília, Ed. UNB, 1994. p.63.



Resumos Relacionados


- A Lógica Da Investigação Científica

- Métodos Científicos

- Formacao De Uma Teoria Cientifica

- O Que é Teoria

- Possibilidade De RelaÇÃo Entre: Teoria, Fato E Verdade



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia