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Os Fios da Fortuna
(Anita Amirrezvani)

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Os fios daFortuna

Dica de Leitura:


No livro “Os fios da Fortuna” a autora Anita Amirrezvani, presta uma homenagem a todos/as artesãos que se dedicam à arte de produzir os tapetes persas, além de contar sua origem e as dificuldades encontradas por milhares de artesãos ao longo do tempo.
O romance é ambientado no Irã, século XVII, mais precisamente na cidade de Isfahan, sob o império do xá Abbas, o Grande, que consolidou a produção dos mundialmente famosos tapetes persas.
A personagem principal não tem nome, ela se apresenta na primeira pessoa, e desta forma personaliza todas as pessoas que se dedicam anonimamente a arte de criar e produzir tapetes.
Quantos nós é possível ter em um único centímetro de tapete? O maior desafio é criar tapetes com centenas de nós imperceptíveis aos olhos e ao toque e com desenhos e cores harmoniosos que deliciem o olhar.
Mas o talento para produzi-lo não basta, pois tem que ter mais do que talento para trabalhar na oficina do imperador, e para conquistar dele o direito de assinar suas obras. Tem que ser homem.
É neste ambiente que nossa heroína ( e posso chamá-la assim por conta de sua coragem e indisposição para a submissão), cujo maior sonho era casar-se e ter a proteção de uma nova casa, vê seu sonho se desmoronar com a morte do pai, e impossibilitada de juntar recursos para um bom dote, encontra como única saída ir para a casa de um parente distante, meio-irmão de seu pai, filho do segundo casamento.
Em uma casa estranha, mãe e filha, passam a ser empregadas, em troca do direito à comida e ao abrigo, na casa de Gostaham.
Gostaham, que não possui nenhum filho homem, e cujas filhas nunca se interessaram por seu ofício, encontra na nossa heroína uma parceira talentosa e em troca lhe ensina truques de tecelagem e escolha dos fios.
Tudo pareria estar bem, até que recebe uma proposta de casamento, mas não um casamento oficial, um sigheh, ou seja, um contrato de casamento de apenas três meses, que pode ou não ser renovado, e ao contrário dos casamentos tradicionais onde a noiva deve levar o dote, neste caso é ela quem recebe o dote em troca de sua virgindade.
Sem condições de recusar, pois tem que superar muitas pressões da família que a abriga, acaba aceitando sua nova condição.
Mas quanto tempo levará até se rebelar?
Depois de muitos infortúnios, é expulsa da casa de seu protetor, e submetida à fome ao frio, e a dificuldade de ganhar dinheiro até mesmo esmolando, consegue convencer o tio a dar-lhe trabalho e o argumento que o convence é a morte iminente de sua mãe.
Então em um ato de ousadia reúne outras mulheres monta um tear e encontra novamente na arte da tapeçaria a sobrevivência.
E é assim que no anonimato, com coragem, rebeldia e ardor pela vida produz lindos desenhos, ensina-os a outras mulheres e reconquista a dignidade da autonomia.
Vale a pena ler e conhecer com pormenores costumes da cultura iraniana.



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