Mais sobre cefaléia
(Carlos Rossi; Mega Arquivo; Escola Paulista de Medicina)
As estatísticas tem mostrado que há 4 mulheres com enxaqueca para cada homem na mesma situação dolorosa. Nessas pessoas, as células nervosas perdem temporariamente o compasso, na fabricação de neurotransmissores. O desequilíbrio dessas substâncias pode ser percebido, com mais freqüência em certas regiões do corpo.
Na cabeça – Os vasos sangüíneos se dilatam, talvez devido a alterações bruscas na dosagem de um neurotransmissor conhecido como substância P. Isso produziria a sensação de latejamento. Os olhos por sua vez permitem a entrada de luz em excesso, daí a fotofobia, ou seja, a irritação com a luminosidade ambiente. Trata-se de uma decorrência da diminuição do neurotransmissor noradrenalina disponível. A substância é fundamental para a íris, uma estrutura ocular comparável ao diafragma de uma máquina fotográfica. Outra lente natural dos olhos, o cristalino, também tem dificuldade de se contrair para focar objetos, por isso alguns enxaquecosos não enxergam com nitidez. Já os ouvidos ficam sensíveis e qualquer barulhinho soa como um estrondo.
No estômago – Provavelmente cai a taxa de dopamina nas áreas do sistema nervoso que controlam o movimento do aparelho digestivo e isso provoca dores abdominais. O neurotransmissor serotonina pode ainda invadir uma região proibida do cérebro chamada zona do gatilho, próxima do hipotálamo, disparando ânsias de vômito.
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