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Meio Ambiente E Representação Social
(Marcos Reigota)

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O livro se divide em três momentos: o primeiro momento é uma análise de como deve ser uma educação ambiental que não apenas esteja inserida nas áreas biológicas, mas se expresse também em cooperação com as demais áreas do conhecimento. Num segundo momento, o autor trabalha a questão da América Latina e de seu contexto mundial e de como essa relação interfere na educação e na educação ambiental prioritariamente. Ao final, trata da questão de como são as representações sociais que dão origem a nossa forma de interpretar o que é o ambiente e como deve estar pautada uma Educação Ambiental, em trabalho de parceria realizado com outros professores, onde mostra os resultados em projeto que revelam o quão profundas podem ser nossas representações e como nos alicerçamos nelas para falar de temas cotidianos.
A primeira parte do livro, composta por artigo intitulado Por uma filosofia da Educação Ambiental, Reigota dá seu parecer sobre como é uma educação que não apenas procure transmitir conhecimentos, mas uma prática pedagógica que leve os educandos a se comprometerem como os cidadãos que são nas questões relacionadas com o ambiente. É interessante que o autor dá detalhes de como o trabalho vem sendo realizado, procurando tratar da questão ambiental a partir da idéia que se faz a respeito do que é o ambiente. Para isso, considera diferentes definições traçadas por ecologistas e ambientalistas renomados, por um dicionário francês e por um geógrafo, antes de concluir com seu próprio ponto de vista o que é o meio ambiente, corroborando a teoria de que nossos conceitos implicam as representações sociais que temos construídas.
Só então, com este panorama descrito, é que o autor se prende a falar em como pode a Filosofia contribuir com a prática ambiental, em linguagem e atitude dialéticas, que se voltam às respostas necessárias às questões levantadas, remodelando a educação de transmissão de conhecimentos para torná-la mais agradável e próxima da sociedade na qual se insere.
O texto deixa claro que pode parecer utopia um cidadão que esteja atento a praticar política e tomar decisões, uma vez que isso exige mudança em seu próprio estilo de vida. Por isso ser importante a comunicação entre as partes, que promove um esclarecimento de conceitos e idéias e proporciona maior autonomia na tomada de decisões.
O segundo artigo, Educação Ambiental na América Latina: entre a barbárie e a pós-modernidade, ressalta a forma como o continente americano é visto pelos demais países do globo e em particular, a América Latina, como um bloco com características muito diversas das encontradas nas demais regiões planetárias. Em primeiro lugar, a autor trata das questões políticas e sociais de grande relevância em alguns dos países do bloco, tais como o Brasil, a Argentina, a Bolívia, Cuba, Colômbia, Costa Rica, entre outros, e como esse quadro influencia na cultura da humanidade.
Na seqüência, o autor discute a questão da educação para todos, que segundo ele, é uma conseqüência do progresso econômico, uma forma de a população em geral adquirir cultura e conhecimentos que a deixe próxima ?do mundo civilizado e moderno?. Isso porque a educação deve priorizar a formação de pessoas da elite, em primeiro lugar, e secundariamente os quadros de funcionários que integrarão os setores industriais e produtivos dos países ditos em desenvolvimento. O autor nesse momento coloca um contraponto interessante: nem todos os integrantes da elite aderem às características do pensamento voltado para a política e a cultura, assim como nem todos os trabalhadores estarão sempre conformados com sua submissão aos trabalhos manuais, nessa perspectiva tão estática de sociedade organizada e pacífica.
Com esse quadro instalado, vê-se uma necessidade de mudanças nas questões políticas, sociais e econômicas, com adequação do modelo de crescimento e educacional em conformidade com as características preponderantes da América Latina, para a garantia da sustentabilidade do desenvolvimento ecrescimento.
Nesse contexto ressalta-se a proposta de desenvolvimento sustentado defendida por muitos, desacreditada por outros tantos, através de uma educação que dê condições de implantação do sistema. Essa educação visa a produção e não a transmissão de conhecimentos, onde não há superioridade como critério para o conhecimento científico ou o senso comum, mas que considera a individualidade de cada indivíduo.
Nosso pensamento em relação a modelos de desenvolvimento estão alicerçados pelo que aprendemos desde a chegada dos portugueses ao Brasil e da influência da cultura inglesa e francesa e italiana, principalmente, com o Renascimento e Reforma, movimentos europeus que motivaram muitos movimentos na América Latina. Aprendemos a utilizar um modelo de monocultura agroexportadora, que consome recursos até sua escassez. Não seria o caso de voltarmos todo o caminho já percorrido, mas evitarmos que a degradação exceda os limites tolerados pelo meio, se é que estes já não foram extrapolados.
O autor ainda propõe como temas ambientais emergenciais a crise energética, incluindo a energia nuclear na discussão, o aumento da urbanização de algumas regiões e a questão da Amazônia.
Fecha o livro com o artigo Meio ambiente: representação social e prática pedagógica, discutindo como as representações sociais são fundamentais para o processo de construção de nossas identidades, a forma como esses princípios nos fazem compreender e transformar a realidade.



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