Psicodiagnóstico Clínico:novas Contribuições
(Maria Esther Garcia Arzeno)
O psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista fundamentalmente clínico. A concepção usada da personalidade parte da base de que a personalidade possui um aspecto consciente e outro inconsciente; que tem uma dinâmica interna e que existem ansidades básicas que mobilizam defesas mais primitivas e outras mais evoluídas; e também que cada indivíduo possui uma configuração de personalidade única e inconfundível. Conforme as últimas pesquisas, o contexto sócio-cultural e familiar deve ocupar um lugar importante no estudo da personalidade de um indivíduo, já que é de onde ele provém. Portanto, o estudo da personalidade é, na realidade, um estudo de pelo menos 3 gerações, que se desenvolveram em um determinado contexto étnico-sócio-cultural. É muito importante saber claramente qual é o objetivo do psicodiagnóstico que vamos realizar. O primeiro passo ocorre desde o momento em que o consultante faz a solicitação da consulta até o encontro pessoal com o profissional. O segundo passo ocorre na ou nas primeiras entrevistas nas quais tenta-se esclarecer o motivo latente e o motivo manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que a pessoa que consulta mostra (e seus pais ou o resto da família), a fantasia de doença, cura e análise que cada um traz e a construção da história do indivíduo e da família em questão. O tereciro momento é o que dedicamos a refletir sobre o material colhido e sobre as hipóteses iniciais para planejar os passos a serem seguidos e os instrumentos diagnósticos a serem utlizados: hora lúdica, entrevistas familiares, testes gráficos, verbais, lúdicos etc. O quarto momento consiste na realização da estratégia diagnóstica planejada que pode sofrer modificações durante o percurso de acordo com a necessidade. O quinto momento é aquele dedicado ao estudo do material colhido para obter um quadro mais claro possível sobre o caso em questão. Às vezes o próprio indivíduo ou os seus pais podem assumir o papel daquele que pergunta e esperar que todas as suas dúvidas sejam respondidas, como se o profissional tivesse uma ?bola de cristal?. Nesse caso é necessário reformular os respectivos papéis, especialmente o do profissional.O profissional irá gradualmente aventando suas conclusões e observando as reações que estas produzem nele ou nos entrevistados. A dinâmica usada deve favorecer o surgimento de novos materiais. Assim como evitamos o tédio no inquérito da primeira entrevista, evitaremos também agora transfotrmar a transmissão de nossas conclusões em um discurso que não dê espaço para que o interlocutor inclua suas reações. Ao contrário, as mesmas serão de grande utilidade para validar ou não nossas conclusões diagnósticas.
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