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As Variedades Da Experiência Religiosa
(William James)

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William James ? As Variedades da Experiência ReligiosaSão Paulo: Cultrix, 1995A obra As variedades da Experiência Religiosa é resultante de uma proposta para as Conferências Gifford, tendo o livro sido publicado em 1902. Tais conferências foram instituídas por Adam Gifford, jurista e filósofo que, antes de sua morte distribuiu o equivalente a 5 milhões de dólares entre as cinco maiores universidades da Escócia. As universidades teriam que realizar pesquisas sobre teologia natural as palestras teriam que discutir ?todas as questões sobre a concepção do homem a respeito de Deus e do Infinito,? de acordo com o testamento de Gifford. Antes porém, de entrarmos nos tópicos abordados na obra, vamos realizar um breve passeio pela vida de seu autor.William James Nasceu em Nova Iorque em 1842. filho de um ambiente livre para a curiosidade intelectual, fez, quando criança, inúmeras viagens à Europa. Graduado em Medicina, James nunca exerceu a atividade de médico, voltando suas atenções para a vida acadêmica. Pioneiro no estudo da psicologia em terras americanas, foi o responsável pela fundação do primeiro laboratório de psicologia experimental de seu país. Suas contribuições, no entanto, não se restringem ao campo da psicologia, uma vez que James, juntamente com o filósofo Charles S. Peirce, é considerado o fundador do pragmatismo americano. Já com idade avançada e enfrentando problemas de saúde, James morreu em 1910, aos 68 anos, vítima de um ataque cardíaco.Para termos acesso ao conteúdo de As Variedades da Experiência Religiosa, nos é de grande ajuda considerar, ainda que em linhas gerais o pragmatismo norte-americano. Toda a questão da verdade, segundo o pragmatismo, se reduz à questão da utilidade. O pragmatismo seria, então uma teoria da instrumentalidade do conhecimento, onde a validade é aferida por sua contribuição à vida humana. Vai ser a partir dessa perspectiva que William James vai ser aproximar da experiência religiosa. A Variedade das Experiências Religiosas volta-se para a conduta humana orientada por critérios religiosos, afastando-se de uma abordagem do tipo patológico. De acordo com James, basta que os frutos de tal conduta sejam bons; segundo ele, ?a luminosidade imediata, a razoabilidade filosófica e o valor moral são os únicos critérios legítimos?(VER, 24).Tal postura adotada por James leva-o a se afastar da ciência, que segundo ele professa um materialismo médico que condena a religião como originada de uma alma enferma; e também das noções defendidas pela teologia, que segundo James, são produtos secundários, advindas de uma experiência individual. A religião é verdadeira na medida em que auxilia o indivíduo em sua existência, ou seja, a religião nada será se não for o ato vital pelo qual o indivíduo procura salvar-se. Numa nota do texto, James faz dele as palavras de um outro pensador, W. Bender, que afirma:A religião não é a investigação de Deus, não é a indagação da origem e do propósito do mundo, mas a pesquisa sobre o Homem. (...) A religião é a atividade do impulso humano para a autopreservação, por cujo intermédio o Homem procura levar a cabo seus propósitos vitais essenciais contra a pressão adversa do mundo, erguendo-se livremente para a ordem e os poderes governantes do mundo quando são atingidos os limites da sua própria força(VER, BENDEN, 313).O nosso juízo sobre o valor e importância da religião deve ser decidido, portanto, a partir de bases empíricas. Sendo bons os frutos, se a religião puder auxiliar o homem nos seus empreendimentos, ela é verdadeira, Para James, o principal valor da religião se encontra no fato de ela conseguir unificar um eu cindido. Um indivíduo sofrendo de uma inquietude existencial, que não encontra solução para os seus males e nem sentido para ele e para o mundo, pode encontrar sua salvação na religião. Isso acontece porque a partir da experiência religiosa o crente pode acreditar que o mundo e sua existência encontram seu sentido num universo espiritual mais amplo, do qual ele mesmo comunga e que é a condição de realidade para ele e para o mundo.



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