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Morte E Vida Severina
(Joao Cabral de Melo Neto)

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Nascida como uma encomenda para o teatro, Morte e Vida Severina, surge como um poema dramático, em ?voz alta?, inspirado tanto na tradição da cultura popular nordestina, quanto no período ibérico medieval, com Gil Vicente e Camões.Em seu texto surge uma nova palavra, Severino, que é ao mesmo tempo substantivo próprio e comum, e adjetivo, possuindo a forca do significado social que se espalha pelo poema, também se inverte a ordem natural entre vida e morte, denotando assim uma vida presidida pela morte.
O poema começa com o retirante dizendo quem é e para onde vai, logo após ele encontra dois homens carregando um defunto, um Severino que foi morto por emboscada, discutindo assim o valor da morte. Continuando a jornada, ele tem que se desviar de seu caminho, pois o rio Capibaribe que era seu guia, secou com o Verão. Passando por uma casa onde estão cantando excelencias para um defunto, Severino vê que um homem do lado de fora parodia as palavras dos cantadores, distorcendo assim o sentido religioso dos cantos.
Como o rio, Severino cansado da viagem decide interrompe-la assim como o rio interrompeu seu curso.Dirige-se assim a uma mulher em uma janela, uma rezadeira, a qual Severino pede emprego, mas descobre apenas que os ofícios relacionados a morte são interessantes naquela área. Chegando assim a Zona da Mata, Severino reafirma a força vital ao entrar em contato com a ?terra feminina? que a Zona da Mata possui.
Severino assiste então o enterro de um trabalhador e escuta o que os amigos dizem, afirmando ironicamente a injustiça através de um jogo de frases.Resolve assim Severino apressar o passo para chegar logo a Recife, derradeira parte de sua viagem, aonde chega e quando senta-se para descansar escuta a conversa de dois coveiros, que versam sobre a estratificação social, que já chegou até o cemitério, divididos em três, Severino acata então a proposta do coveiro de se jogar no rio.Chegando a um cais do Capibaribe, Severino reafirma o desejo de morte, renuncia. Agora, aproxima-se um morador do cais, e começa ai o auto propriamente dito, com a aparição de José, um carpinteiro da beira do rio.Uma mulher sai do mesmo local e anuncia o que se verá, começando assim a celebração onde aparecem amigos e duas ciganas, sendo logo seguidos por pessoas trazendo presentes para o recém-nascido.Segue-se a fala das duas ciganas, profetizando como será a vida o menino, uma vida anfíbia e suja, mas não impura. Falam então os vizinhos e amigos que vieram com presentes, que falam sobre a obstinação da vida diante da morte. Por fim, o mestre carpina fala ao retirante que esteve de fora durante toda a cena, reafirmando a força vital que Severino buscara, dizendo que mesmo com todas as opressões externas o homem encontra em si a própria forca para viver.



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