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Ensaio Da Fala Para A Escrita Seguindo Teorias De Marcuschi
(Marcuschi, Luiz Antonio , SAUTCHUK, Inez, PERINI, Mário A)

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A proposta maior, que nos move para este trabalho, é repensar, funcionalmente, o ensino da Língua Portuguesa. Nossa analise parte do ponto de que o aluno não tem interesse de ler na escola os gêneros textuais ainda mais se for gênero literário. O aluno está cansado de ser um leitor passivo.Nossa proposta é que através da elaboração de atividades voltadas para as praticas de produção de texto desperte o interesse dos alunos pela leitura e o interesse pela produção de textos. Nos guiamos pelos PCNs 1998 que sugerem que o trabalho com texto se desenvolva na base dos gêneros textuais, sejam orais ou escritos e por Marcushi (2000: 19), quando afirma que o conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais importa na sua compreensão e produção. Para tanto, tomamos como ponto central o estudo do autor em sua obra, a fala e a escrita em um processo de retextualizacao. Destaca que não se pode mais examinar a oralidade e a escrita como opostas mas, sim, que predomina, atualmente, a posição que considera ambas como atividades interativas e complementares no contexto das práticas sociais e culturais.Marcushi define o homem como um ser que fala e não como um ser que escreve, apesar da escrita ser um bem social indispensável para enfrentar o dia-a-dia, atualmente.Todos os povos têm ou tiveram uma tradição oral, mas poucos tiveram ou têm uma tradição escrita. Apesar disso, a oralidade não é mais importante do que a escrita ou esta mais importante do que aquela. A oralidade, no entanto, é a que, cronologicamente, apareceu primeiro.O autor faz distinção entre os termos letramento, alfabetização e escolarização. Destaca que a alfabetização é sempre um aprendizado mediante ensino e compreende o domínio ativo e sistemático das habilidades de ler e escrever; que há duas dimensões de relações no tratamento da língua falada e língua escrita: de um lado, oralidade e letramento e de outro, fala e escrita.No capítulo II - Da fala para a escrita: processos de retextualização ? inicialmente afirma que a visão dicotômica da relação entre a fala e escrita não se sustenta mais; a escrita não representa a fala; elas são diferentes, mas as diferenças são graduais e contínuas.A retextualização, para ele, é um processo que envolve operações complexas, que interferem tanto no código como no sentido e evidenciam uma série de aspectos nem sempre bem compreendidos, da relação oralidade-escrita. Para fazer isto, precisa compreender o que foi dito pela pessoa, primeiramente. Marcushi ressalta que infelizmente não há pesquisadores que se aprofundem em questões de como se processa a ação de entendimento e compreensão que antecede o processo de retextualizacao de um texto escrito e, como se processa nos alunos em geral, completa que seguindo esse caminho pode-se alcançar a melhoras no que se diz respeito a essa questão aqui exposta.A tarefa de ?retextualização? é, assim, uma oportunidade de revisitar e aplicar conhecimentos adquiridos ao longo da experiência lingüística (escolar ou não) do estudante, e que estão relacionados, como destaca Sautchuk, com os princípios apontados por Van Dijk (1996: passim 73): o princípio da fragmentação, o princípio da categorização, o princípio da combinação e o princípio da interpretação, e por Kato (1995: passim 73): o princípio da coerência. É uma forma de preparar o indivíduo para ?ler como um escritor?, como sugere Cassany (1997: passim 119). É ainda um meio de reflexão sobre a língua e a sua produtividade semântica, um meio de aprender com a troca de experiências lingüísticas além de atualizar outros conhecimentos e ampliar a leitura de mundo, e de praticar uma ?gramática de texto?. Além dos treinos de leitura e de produção de textos, em nossos estudos verificamos que Sautchuk também se preocupa com as estratégias didáticas de ensino da gramática, que interferem no desenvolvimento da competência comunicativa dos indivíduos.Entendemos que tanto esse tipo de aprendizagem (retextualizacao) quanto o da gramática dirigida à produção detexto devem pautar-se por um treino de estratégias, isto é, de um conhecimento consciente que leve o aprendiz a conhecer as características próprias da atividade que realiza e as que estabelecem uma relação entre o seu desempenho e o resultado dele.O aluno deve reescrever o texto, fazendo as ?correções? necessárias e tornando-o mais claro, observando os princípios de adequação lingüística e verificando o atendimento à proposta da produção inicial: não se pode confundir retextualização com transcrição.Dever-se levantar os problemas comunicativos originados principalmente pela seleção vocabular inadequada. A partir do que se tentará uma demonstração dos níveis de perturbação do raciocínio e, por conseguinte, das falhas de argumentação que, por sua vez prejudicam a iconicidade textual, logo, atropelam o projeto comunicativo possivelmente previsto para o texto produzido.SAUTCHUK, Inez. A Produção Dialógica doTexto Escrito: um diálogo entre escritor e leitor interno. São Paulo: Martins Fontes, 2003PERINI, Mário A. Sofrendo a Gramática. 3ª. ed. 3ª. impr. São Paulo: Ática, 2000



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