Supertelescópios
(Carlos Rossi)
Supertelescópios Fabricar instrumentos desse calibre exige paciência e perícia. Técnicos alemães gastaram um ano e meio apenas para derramar o material derretido na forma giratória. Para transformar a massa numa cerâmica que resistisse ás variações de temperatura sem se contrair ou expandir. Foi aquecida e resfriada repetidas vezes, ao longo de 8 meses. Vejamos suas fases de construção : A matéria prima é uma areia refinada (sílica), tal elemento químico vai ajudar a segurar a dilatação do vidro pronto. Por 2 semanas, o cadinho é alimentado com 45 toneladas de sílica, ela vai derreter a 1400°C durante 1 mês. A massa incandescente é despejada num molde que dá 6 voltas por segundo, empurrando-a para a borda e dando-lhe a forma côncava. Uma furadeira come o centro da lente, abrindo o foco, o buraco por onde passará a luz no telescópio pronto. O primeiro polimento reduz de 30 para 17,7 cm a espessura do disco, daqui ela segue para o acabamento final na França. Antes de sair da Alemanha, é feito um exame microscópico completo : se existir alguma bolha ou mancha todo o trabalho estará perdido. Quando faz calor, o vidro se dilata, quando esfria ele volta a se contrair, com essa dança a precisão fica comprometida. O telescópio ESO, inaugurado em 1990, em La Silla, Andes Chilenos, foi o primeiro a usar ótica ativa. Com tal tecnologia as imagens conservam a nitidez comparáveis ao Hubble. A tecnologia envolvida na construção dos Gemini lhes dá potência até 10 vezes maior que o Hubble. Um espelho primário de 8 metros de diâmetro, montado num processo semelhante á fabricação do refletor do Keck, em que o vidro é moldado na forma de hexágonos. Estes são fundidos numa peça inteira de 20 cm.
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