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O Código Da Vinci
(Dan Brown)

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Uma conspiração envolvendo um personagem de grande importância para a cultura ocidental. Se o tema já é suficiente para instigar a curiosidade de um amplo número de pessoas, acrescente cenas aventurescas à la Indiana Jones. Dá para imaginar? Assim é o livro -O Código da Vinci, de Dan Brown, lançado no Brasil pela Editora Sextante. Só aqui ele já vendeu quase 200 mil cópias. No mundo todo, foram mais de 10 milhões e a versão para o cinema deve chegar às telas no primeiro semestre de 2006 com Tom Hanks no papel principal, interpretando o fictício Robert Langdon, professor da prestigiosa Universidade de Harvard.

Apesar de quase 500 páginas, a linguagem é simples e muito acessível. Além disso, a solução por parte dos personagens sobre os mistérios milenares em torno da história de Jesus Cristo é muito rápida, quase um milagre - chegando a ponto de decepcionar leitores mais exigentes, mas sem cansar quem não está acostumado a enfrentar a leitura de tantas páginas. Não há como negar, no entanto, que o autor tem seus méritos e sabe passar de um capítulo a outro com grande suspense, prendendo o leitor até o fim.

Junto com o sucesso, o livro gerou protestos em muitos países católicos.
Segundo Brown e outros autores de alguns livros mais antigos sobre o mesmo assunto, o Santo Graal na verdade não seria a taça na qual Jesus tomou vinho na Última Ceia, e sim objetos e textos que comprovariam esta união. Este segredo e a localização destes documentos estariam sendo guardados por gerações e gerações pelo Priorado de Sião, um grupo originado dos Cavaleiros Templários que guardavam o templo de Salomão na época das cruzadas. O pintor e gênio Leonardo da Vinci teria sido um dos guardadores do segredo e deixou pistas dele em algumas de suas obras, como em -A última ceia. A trama do livro -O Código da Vinci, inclui ainda uma participação não muito positiva da Opus Dei, um movimento da Igreja Católica.

Por ser um romance, embora o autor afirme que fez uma grande pesquisa histórica a respeito dos locais e obras, o livro é uma ficção. -Por mais que as afirmações sejam colocadas na boca dos personagens que são cientistas, o livro não pretende fazer uma afirmação histórica dizendo como realmente as coisas aconteceram, diz o filósofo e cientista da religião, professor da Universidade Metodista de São Paulo, Gabriele Cornelli.

O Graal

A taça que teria sido utilizada por Jesus para beber vinho na última ceia não tem qualquer citação na Bíblia cristã - seja na versão católica ou na protestante. No livro, Dan Brown diz que a origem da palavra Santo Graal vem do francês "sangraal", que evoluiu para "sangreal" e dividida depois em "San Greal". Em resumo, -sangue real, explicando ser ele uma reunião de textos que tratam do casamento de Jesus e Maria Madalena e sua linhagem.

-O autor cometeu um erro brutal do ponto de vista científico. Todos os documentos da Idade Média, justamente quando nasceu a lenda do Graal, mostram registros de - saint graal. E "graal" é uma palavra originada do latim -cratalis. Cratera era uma caixa onde os romanos bebiam vinho e tinha esse nome por ter a mesma forma da cratera dos vulcões, portanto não há a mínima possibilidade de ser -sangue real- o significado, afirma o teólogo e reitor da Puc-Rio, Padre Jesús Hortal. O reitor salienta que na pintura -A última ceia, de Leonardo da Vinci, é possível ver não as taças para vinho, mas um recipiente como o descrito acima.

O casamento de Jesus

O livro de Brown afirma que o casamento de Cristo é óbvio. Como base, ele usa argumentos como o de que sendo judeu e adulto, é certo pela tradição cultural da época de que ele teria se casado
-Essa é uma tradição antiga, que lembra uma relação especial de Jesus com Maria Madalena e os evangelhos apócrifos falam disso. Mas não dá para afirmar isso no contexto histórico, pois parece que o assunto não é considerado dentro das últimas pesquisas, afirma Cornelli. O professor lembra ainda que muitos profetas do tempo de Jesus optaram pelo celibato, e outros não. Portanto não há evidências de que ele teria se casado. Como também não há evidências do contrário, diz.
A divindade de Cristo

Segundo a obra de Dan Brown, Jesus começou a ser considerado filho de Deus apenas após o Conselho de Nicéia, no ano 325. Nesta reunião da liderança da igreja católica, teria sido decidido politicamente conveniente dar o título a ele. O professor Cornelli, no entanto, explica que o título já era utilizado antes e a reunião apenas determinou um consenso entre as diversas correntes do Catolicismo.

A história no começo da igreja primitiva tem muita pluralidade, muita gente falando coisas diferentes. Quando um movimento carismático começa a ganhar força e a se institucionalizar, é preciso acertar algumas coisas e diminuir as diferenças, explica Cornelli. É neste contexto que começam a acontecer os Concílios, a fim de estabelecer uma certa base única para a Igreja cristã. - Quem bateu o martelo no Concílio sobre a questão da divindade faz parte deste grande movimento, isso não quer dizer que antes disso não houvesse em várias comunidades a crença na divindade de Jesus, afirma.



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