Resumo de Introdução de The Analysis of Sensations

Ernst Mach concebe uma articulação entre elementos tais como cores, sons, temperaturas, pressões, espaços e tempos com modos de pensar, sentimentos e volições. Esse conjunto de relações, geralmente mais fixo quando conectado no tempo e no espaço, é gravado na memória e expresso na linguagem. Denomina “eu” ou o “ego” ao complexo também de permanência relativa associado a um corpo humano particular feito de memórias, temperamentos e sentimentos. As mudanças nos corpos e no ego impelem a vontade para a realização de uma inspeção que é feita através de uma fragmentação dos complexos em elementos. Há melhor assimilação da essência do que permanece, o que significa uma economia (“parcialmente instintiva, voluntária e consciente”) na representação e na designação através da linguagem onde um termo se refere a um elemento. (imagem perceptivamente representada). A idéia de uma coisa em si, qualificada por ele como monstruosa, imagina que algo pode permanecer fora deste complexo de relações. Mas fora dêles tanto objeto quanto corpo e matéria nada são. Só fora de um exame de inúmeros detalhes, o corpo pode ser considerado único e imutável. A terra e a bola de bilhar por exemplo só podem ser consideradas esferas fora de um exame preciso e rigoroso. A física mecânica atribui uma realidade maior ao espaço e ao tempo com os respectivos elos com as cores, sons, etc. A fisiologia dos sentidos entretanto, situa o espaço e o tempo como sensações tal como as cores e os sons. “Não há diferença entre sensações e os corpos, o que está dentro e o que está fora, mundo material e espiritual”. Quem possui essa conexão de sensações? Quem as experimenta? Mach considera estas perguntas como um velho hábito: o hábito de presumir um complexo não-analisado e subsistente àquele que caracteriza e que é composto por sensações e representações em múltiplos níveis de contínua interação. Cabe à ciência aceitar essas conexões inserindo-as no ambiente intelectual ao invés de explicá-las. Mudo do domínio físico para o psicológico quando observo a conexão de dois elementos dentro de um campo de visão. Ernst Mach acrescenta que a diferença entre objeto físico e psicológico é dada pela direção da pesquisa e não pelo aspecto subjetivo. MACH, Ernst. Introductory Remarks in Analysis of Sensations . Dones Edition: 1959.

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