Acolhimento em abrigos
(maria luiza)
As crianças e adolescentes admitidos nos abrigos necessitam, desde o 1º momento, de um acolhimento que não se limite apenas aos procedimentos administrativos. Devem ser tratadas pelo nome, ouvindo palavras de conforto, que possam lhes transmitir segurança e apoio.
Este acolhimento pessoal e individualizado não afasta a necessidade do registro imediato, formal, feito em um prontuário previamente estabelecido para isto. Este prontuário deverá conter todas as informações possíveis a respeito da criança, sua família, das razões de sua chegada: quem a encaminhou, por que, como a criança chegou, etc.. Este prontuário deve conter, também, os dados de identificação formais da criança ou adolescente.
É fundamental também que a instituição dê importância à dor da criança e do adolescente, permitindo-lhes vivenciar sentimentos como a frustração e a raiva, angústia, insegurança e medo, tanto do presente quanto do futuro. É preciso que o abrigo ajude a criança ou adolescente a elaborar o luto das perdas, ajude-os a adquirir a segurança necessária para superar a difícil história familiar preparando-os para o estabelecimento de novos vínculos afetivos.
O educador do abrigo é aquele que trabalha a educação cotidiana, que dá limites, referências, rumos e direção. É uma educação construída no contato diário e está inserida no diálogo, nos contatos físicos, no olhar, no ouvir, no respeitar...
Todos os funcionários devem ser “educadores”. Eles têm que fazer parte da equipe, participar de todas as atividades. Todo o pessoal do abrigo, independente de qual atividade exerça primordialmente, deve ser igualmente preparado, igualmente formado. Todos no abrigo devem ter um compromisso pessoal de responsabilidade em relação ao bem estar de todas as crianças e adolescentes que ali estejam.
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