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Paradigmas e modelos nas ciências humanas
(Ivan Domingues)

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Paradigmas e modelos nas ciências humanas

DOMINGUES, Ivan. Paradigmas e modelos nas ciências humanas in Epistemologia das Ciências Humanas. Edições Loyola.

Ivan Domingues diferencia inicialmente sua visão daquela de Thomas Khun para quem a diversidade e o desacordo em relação a procedimentos (presentes em outras ciências inclusive) seriam motivos para desqualificar as ciências humanas.
Alertando para a necessidade de uma clarificação dos termos utilizados, aponta para a grande expansão de significados que o termo paradigma conquistou (visão de mundo, concepção filosófica ou doutrina científica).
Embora vinda do grego paradeigma que significa modelo ou exemplo, o autor privilegia o sentido intelecto-científico (aproximação com a teoria) da palavra paradigma. Desta forma faz distinção de uma referência ao método atribuída à palavra modelo.
Esta distinção se refere às atividades das ciências humanas que como outras, teoriza sobre um objeto recortado da realidade e utiliza recursos e procedimentos metódicos.
Enquanto teoria, o paradigma pode assumir a função de um princípio ordenador e unificador (sentido cosmológico, teológico, histórico) ou então a de arquétipo a ser seguido como é o caso de certas disciplinas que alcançaram êxito. Mas em ambos os casos o paradigma pode abranger várias teorias.
O autor percorre as possibilidades em que podem se dividir os sentidos da palavra modelo (arquétipo, simplificação da realidade e construção do espírito sem relação direta com a realidade) atendo-se aos modelos tecnológicos científicos que podem ter ou não referentes no real.
Como instrumento de conhecimento o modelo pode se referir a várias teorias não sendo esta a relação em que se define. Ele se define enquanto método. Como exemplos podem ser tomados o modelo ondulatório onde luz é concebida como onda e o modelo corpuscular onde a luz é considerada corpo composto de pequenas partículas. As tópicas de Freud também podem ser tomadas como exemplo.
Com respeito ao método, o modelo é mais uma interpretação da teoria do que tradução da realidade. Não é meio de demonstração ou prova, mas meio de conhecimento orientando a pesquisa. Tem valor heurístico.
Passa a abordar como se dá o uso dos paradigmas e modelos utilizando obras e autores exemplares: na economia, o paradigma da produção e os modelos da economia mercantil simples e da concorrência perfeita empregados por Marx, (O capital), na sociologia, o paradigma do corpo (organismo) e o modelo das formas elementares da vida religiosa utilizado por Durkheim (As formas elementares da vida religiosa), na história e sociologia o paradigma da ação e o modelo do protestantismo usado por Max Weber (A ética protestante e o espírito do capitalismo)
Na antropologia o paradigma da linguagem e modelo fonológico empregado por Lévi-Strauss (Antropologia estrutural).



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