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Avaliar e Tratar a Abstinência do Álcool
(Dr. Ronaldo Laranjeira)

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Sinais e sintomas de abstinência do álcool nem sempre são muito fáceis de identificar, mas o tratamento costuma ser bastante eficaz (Mattick & Hall, 1996). O sintoma mais comum da abstinência do álcool é o tremor, acompanhado de irritabilidade, náuseas e vômitos, que ocorrem algumas horas após a parada ou diminuição da ingesta. Os sintomas que acompanham os tremores são relacionados com a hiperatividade autonômica: taquicardia, aumento da pressão arterial, sudorese, hipotensão ortostática e febre ( < 38 C). Tipicamente, esses sintomas são mais facilmente observados durante o período da manhã. O pico da sintomatologia, nos casos não complicados ocorre entre 24-48 horas e tem duração de aproximadamente 5 a 7 dias, embora sintomas como irritabilidade e insônia possam persistir por semanas. As convulsões específicas da abstinência alcoólica ocorrem em 90 % dos casos entre 6-36 horas após a parada da ingesta, e normalmente são convulsões únicas, somente 10% desses pacientes tem convulsões múltiplas. As convulsões podem ser precipitadas por episódios de beber excessivo associados à diminuição do limiar convulsivo, embora pareça ser necessário um período de anos de consumo para que as crises sejam desencadeadas por esse mecanismo. Pacientes com convulsão única não requerem medicamentos anticonvulsivos, mas apenas cuidados gerais e benzodiazepínicos. Convulsões múltiplas podem ser tratadas com fenitoína 100 mg, 3 vezes ao dia.Nos casos de abstinência leve e mesmo moderada apenas cuidados gerais são suficientes para melhorar os sintomas. O principio da terapia farmacológica é aliviar o desconforto e prevenir as complicações mais graves, como convulsões e Delirium Tremens. Os benzodiazepínicos têm sido a medicação de escolha, pois apresentam grande faixa de segurança, podendo serem usados na forma oral ou parenteral, além disso tem ação anticonvulsivante e promovem uma profilaxia eficaz do DT. As desvantagens incluem: absorção muscular errática, metabolismo hepático e potencial de criar dependência. Não existe evidência que um benzodiazepínicos seja mais eficaz do que o outro, embora o quadro clínico deva guiar a escolha da medicação. Por exemplo, lorazepam (1-4 mg a cada 6-8 horas) ou oxazepam (15-60 mg a cada 6-8 horas) podem ser preferencialmente utilizados em pacientes com função hepática comprometida, por apresentarem metabolismo oxidativo reduzido. Diazepam e clordiazepóxido, por terem longa meia vida (24-36 horas) são os mais indicados, desde que não haja alteração significativa da função hepática. Não existe um programa estabelecido de dose de administração dos benzodiazepínicos, mas sim um certo consenso de que o tratamento deve durar em torno de uma semana.



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