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UMA DOENÇA LENTA E INSIDIOSA - PARKINSON
(Revista Pesquisa Médica)

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Pesquisadores testam métodos de diagnóstico precoce, por imagem, e procedimentos cirúrgicos ...Descrita há mais de 190 anos pelo médico britânico James Parkinson, a doença que destrói os neurônios dopaminérgicos, localizados na substância negra do cérebro, e compromete o circuito neuronal responsável pela atividade motora contabiliza cerca de 400 mil casos, apenas no Brasil. Só perde em incidência para o Alzheimer, no grupo das doenças neurodegenerativas que mais afetam os brasileiros. O envelhecimento da população deve acentuar esse quadro. O cenário é sombrio, também, no resto do mundo e movimenta a pesquisa de novas técnicas de diagnóstico e tratamento. Não faltam recursos para a investigação em países desenvolvidos como os Estados Unidos, onde os cientistas se valem de procedimentos cirúrgicos de "estimulação cerebral profunda" e testam drogas desenvolvidas para outras doenças, como a pioglitasona, utilizada em diabetes. Pesquisadores brasileiros participam das investigações, com novos métodos de diagnóstico por neuroimagem que poderão antecipar o advento da doença em alguns anos. A doença de Parkinson não é específi ca dos idosos. A idade média de início é 55 anos, mas pode aparecer antes dos 40 anos. Sem causa definida, é considerada uma doença primária e idiopática. Entre os fatores de risco para o seu desenvolvimento, são considerados, atualmente, a idade avançada, o sexo masculino, que tem uma vez e meia mais risco do que o feminino de desenvolver a doença e a história de familiares afetados, que aumenta o risco em 2,3 a 3,7 vezes. A exposição a herbicidas, como o MPTP, e a substâncias tóxicas, como o mercúrio e o manganês, podem induzir o parkinsonismo secundário. O tabaco, grande vilão para o desenvolvimento de diversas doenças, tem um efeito protetor, no caso da doença de Parkinson, pela associação da ação da nicotina.A doença se instala de forma lenta e insidiosa a partir da perda dos neurônios dopaminérgicos da substância negra do cérebro. "Uma pessoa normal perde de 0,6% a 0,8% desses neurônios ao ano, normalmente, enquanto a que apresenta a doença perde cerca de 13% ao ano", observa o Dr. Ming Chi, radiologista e médico nuclear da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A redução nas concentrações da dopamina e as alterações funcionais nos circuitos neuronais decorrentes dela repercutem na atividade motora muito além do conhecido tremor. Com o passar do tempo, o doente de Parkinson tem dificuldade para andar, falar e urinar, sofre perdas cognitivas e de autonomia, a exemplo da demência, além de enfrentar doenças psiquiátricas, especialmente depressão. Fatores genéticos conhecidosO conhecimento da biologia molecular iluminou a investigação de mutações que levariam à doença de Parkinson. Estudos demonstram que 10% a 15% dos pacientes têm parentes de primeiro ou segundo grau afetados1. A primeira mutação genética encontrada entre famílias italianas e gregas e descrita em 1997 foi uma mutação dominante e autossômica.Isto significa que basta uma cópia do gene para o desenvolvimento da doença. A mutação alterava a codificação da proteína alfa-sinucleína. Trata-se de uma pequena proteína, constituída por 140 aminoácidos, que parece participar de funções sinápticas, incluindo a transmissão e a síntese da dopamina. Em 1998, foi descrita uma segunda mutação, encontrada principalmente entre indivíduos com menos de 40 anos. Tratava-se, na verdade, de diversas mutações em um mesmo gene codificador da proteína denominada parkin, que faz a ligação com a ubiquitina - a proteína que se une às moléculas que serão degradadas. Metade dos casos de Parkinson em jovens adultos, o parkinsonismo juvenil como é chamado, apresenta essas mutações. Outras descobertas, feitas em 2002, apontam mutações nos genes denominados DJ-1, com herança autossômica recessiva; no gene UCHL1, relacionado com o Parkinson familiar; e nos genes PINK-1 e LRRK2, que produzem alterações no metabolismo celular levando à morte neuronal na substância negra.



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