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Tamoios traidos
(Marco Antonio Santos Cruz)

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Traição portuguesa o espelho histórico Pesquisando a História de Portugal fiquei surpreso ao constatar que a traição que os lusos fizeram com nossos tamoios na “Batalha do Cabo Frio”, em 1575, eles próprios haviam sofrido em seu passado. Os confrontos seguidos, os cercos, as negociações e falsas promessas de paz. A entrega de armas, tal e qual foram feitas pelos tamoios de Cabo Frio, que ergueram cruzes dentro da aldeia após desfazerem as cercas de proteção para receberem os portugueses, encontram seuespelho histórico da traiçãona história de Portugal. Vejamos então: No ano de151 a.C. quatro mil lusos caem de uma só vez contra o pretor romano Galba. A rendição é negociada diante da promessa dos romanos darem terras aos lusos. O Historiador português Vasco Rodrigues Adriano, documentou no seu livro “Arqueologia daPenínsula hispância”: [...] portanto, o Pretor Sérgio Galba matou criminosamente nas espanhas os lusitanos que habitavam ao sul do Tejo, tendo-se elesoferecido voluntariamente e havendo-os recebido; e simulando aproveitar-se dos trabalhos dos soldados, a todos prostrou sem defesaincautos. [...] E, depois de estes lhe fazerem a entrega das armas confiadamente, ordenou uma matança sem precedentes. Nove mil mortos ficaram nos terrenos e vinte mil prisioneiros foram vendidos nas Gálias[...] . No ano 45 a.C., segundo o livro “Templários em Portugal”;p.52: [...]alguns lusitanos faziam parte das suas fileiras [de legiões romanas sob comando de Júlio César], fazendo, segundo relatos da época, o trabalho mais sujo[...] e no mesmo livro na página 48: [..]Nas noites de plenilúnio, toda a tribo [dos lusitanos] bailava às portas de casa até o romper da aurora oferecendo sacrifícios aos deuses guerreiros. Na “batalha do Cabo Frio,” em 1575, os infantes , capitães e religiosos jesuítas fizeram uso do argumento da “Guerra Justa”, uma vez que os tamoios teriam rejeitado as propostas de catequese. O regulamento sobre a abordagem para catequese de selvagens instruía que os missionários deveriam se aproximar sozinhos e desarmados [sem escolta militar]. Como tal abordagem foi de fato realizada não podemos saber. Os lusitanos, que já haviam sido tão bárbaros quanto os bárbaros que estavam querendo catequizar demonstraram que não haviam deixado totalmente sua barbaridade, ainda que cristãos confessos. Da Carta de Tolosa sobre a “Batalha de conquista de Cabo Frio” lemos: Perguntou ele [o cacique tamoio de Cabo Frio] que lhe queria fazer. Responderam-lhe que não tivesse medo que tudo se faria bem. A carta prossegue relatando: E como os iam dando aos portugueses [os guerreiros tamoios aliados],os iam amarrando. Seriam por todos quinhentos. //Ao outro dia deu sentença o governador que morressem todos os quinhentos índios que já estavam amarrados. E ainda fala de piedade: “causou grande pena ao Padre ver matar tanta gente com tanta crueldade, sem poder dar remédio a suas almas. ....a pressa e a fúria com que os matavam era tanta que não lhe deram lugar para o que desejava [dar a unção derradeira]. Outra coisa que deu muita tristeza ao Padre foi ver as mulheres e filhos dos mortos, juntos, e repartirem-nos pelos portugueses, apartando a mãe do filho e o filho da mãe E após a vitória desta aldeia [...] o Governador; prosseguindo sua vitória, matando uns capturando outros. E assim os cativos seriam por todos obra de quatro mil. Os mortos seriammaisde mil. .[Serafim Leite;História da Companhia de Jesus, Tomo I;livro IV;p.428-430]. “O passado não é mais do que a prefiguração do futuro”. Mircea Eliade : Tupi.



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