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Brasil o início
(Marco Cruz)

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“O patriarca do Brasil”. João Ramalho Ele já estava na praia, completamente indianizado, à moda tupiniquim, aguardando à chegada de Martim Afonso de Sousa em 1532. João Ramalho era casado com Bartira , filha do mais influente cacique da região, – Tibiriçá. Ele intermediou as alianças entre lusos e nativos. Provavelmente era um degredado que havia sido “lançado” em São Vicente por volta de 1508. Pode também, ter vindo na expedição de João Dias Solis [1515], ou na de Fernão de Magalhães [1519], segundo Cônego Pedro Terra. Afonso Schmidt romanceou o tema em “O Enigma de João Ramalho”. No livro, ele levanta a tese de que Ramalho era degredado , cripto-judeu perseguido pela inquisição. Tal suspeita é também referendada pelo historiador Teodoro Sampaio. Schmidt explica que “ramalho” era alcunha derivada de suas longas barbas, bigode e cabelos arrepiados. Seus pais tinham sobrenomes que incomodavam a inquisição: Maldonado e Belbode. Ele teria, segundo a tese do livro, chegado ao Brasil em 1490, numa das expedições secretas de D. João II. Já a monografia de Américo de Moura, sobre “Os povoadores do Campo de Piratininga”, afirma que João Ramalho casou-se em cerca de 1510, em Portugal com Catarina Fernandes. Moura sugere que Ramalho teria chegado antes de 1513. Martim Afonso nomeou João Ramalho “guarda-mor da borda do campo”, deu-lhe vasta sesmaria e o autorizou a barrar a passagem de qualquer português por ali sem autorização oficial de ir a busca do ouro. O primeiro governador do Brasil, Tomé de Souza escreveu ao rei de Portugal sobre João Ramalho: “Ele tem tantos filhos, netos e bisnetos que não ouso dizer a vossa alteza- É homem de mais de 70 anos, mas caminha nove léguas [ 54 km], antes de jantar. Não tem um só fio de cabelo branco na cabeça nem no rosto”. Em 1542, como escreveu Frei Gaspar ao consultar o arquivo vicentino [...] “foi intimado pela Câmara de São Vicente a recolher-se à vila”. Não obedeceu à intimação.. Foi, depois, em 1549-50?? , excomungado pelos jesuítas. Ulrich Schmidel, em 1553 afirmou que Ramalho é capaz de arregimentar cinco mil índios em um só dia, enquanto o rei de Portugal só ajuntaria dois mil. Seu vilarejo era perto da atual Santo André a cerca de 100km da costa. Dali ele dirigia o tráfico de escravos índios [ do qual foi pioneiro], do interior para o litoral. Era venerado, temido e respeitado pelos nativos. Em carta de 1553 Nóbrega escreveu: [...]”João Ramalho de fato, tinha muitas mulheres e ele e seus filhos andam com as irmãs [de suas esposas] e têm filhos delas. [...]. Entretanto, ainda em 1553, o padre Nóbrega escreveu outra carta ao núncio pedindo autorização para realizar a cerimônia cristã de casamento de Ramalho e Bartira. O jesuíta alega na carta que já escrevera pedindo notícias da esposa que Ramalho deixara em Portugal e não obtivera resposta supondo que ela deveria estar morta. Na verdade, Nóbrega precisava do aval de João Ramalho para seguir seus projetos e, revogou a excomunhão casando Bartira com o ilustre degredado. Em 1560, por ordem de Men de Sá, Ramalho transferiu-se de Santo André para São Paulo e, em 1562 atuou na defesa da cidadela de Piratininga. Em 1563 a Câmara reclamou de Ramalho “quanto a escassez de pólvora e dos paióis ” .Em 1564 recusou o cargo de vereador de São Paulo. Em 1568, segundo o jesuíta Baltasar Fernandes, estava entre os índios,” não querendo nada de nossa ajuda nem mistérios [sacramentos].” João Ramalho morreu em 1580, com quase 100 anos. Só para complicar ainda mais, o pesquisador Moreira de Figueiredo descobriu uma “Carta de privilégio” na Torre do Tombo, em Portugal, Chancelaria de D.João II, livro 20, folhas 27,verso 20, do ano de 1487, referindo-se a um “Joham Ramalho escudeiro criado da rainha mjnha senhora”. Tupi.



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