Resumo de O Carrasco do Amor - capítulo 4 - "Morreu o filho errado"

“Morreu o filho errado” “No primeiro estágio de planejamento dessa pesquisa, o dr. Yalom deseja entrevistar indivíduos que foram incapazes de superar sua tristeza... Penny foi a primeira...Tinha 38 anos de idade, era divorciada, perdera sua filha havia quatro anos e precisava ser atendida imediatamente...uma mulher robusta, musculosa: envelhecida, esgotada, orgulhosa – e trêmula. Via-se que ela passara por maus bocados...O fato de Penny estar em crise, ou dizer que estava, criou-me um dilema. Não era possível que eu a tratasse...cada minuto do meu tempo era dedicado a terminar uma proposta de pesquisa...”p. 129. “Para evitar qualquer mal entendido, decidi que seria melhor esclarecer imediatamente a questão da terapia...Assim, comecei lhe agradecendo por ter se apresentado como voluntária para conversar sobre seu luto”.p. 130. “A filha de Penny, Chrissie, desenvolvera uma forma rara de leucemia quando tinha 9 anos de idade, e morrera quatro anos mais tarde...sua morte disse Penny, fora terrível...pedi que ela me contasse quão terrível fora a morte de Chrissie...O pior de tudo era que não conseguia se lembrar da morte da filha: ela apagara as horas finais de Chrissie. Só conseguia se lembrar de ter se deitado naquela noite ao lado da filha...e, muito mais tarde, de ter se sentado na cama de Chrissie com os braços em torno da filha morta” p. 131. “Penny começou a falar sobre culpa...Não conseguia se perdoar...Ela parecia um advogado de acusação que tentava me convencer da sua negligência...Culpa de quê? – perguntei. – quais são as acusações?”p.132. “- Então, o que eu ouço você dizer é que se sente culpada principalmente por duas coisas. Primeiro, porquê você não ajudou Chrissie a falar sobre a morte, e segundo, porquê você não a deixou partir logo...”p. 133. “Antes de você poder deixar Chrissie partir, você precisa querer, precisa estar disposta a isso...Penny, você fala com Chrissie todos os dias. Onde está ela? Onde ela existe?...- Penny, você é uma juíza muito dura. Você se submete a julgamento pelo crime de não deixar Chrissie partir quando ela estava para morrer, e sentenciou a si a auto-recriminação... e a duração da pena! É isso que realmente me espanta. Faz quatro anos agora. Quanto tempo mais? Mais quatro? Dez? uma pena perpétua?...Você não está se punindo por algo que tenha feito no passado, há quatro anos, quando Chrissie estava morrendo. Você está se punindo por alguma coisa que está fazendo agora, alguma coisa que continua a fazer neste exato momento.”p. 135 e 136. “Penny tinha dois filhos, Brent e Jim. Ambos haviam saído da escola e se encaminhavam para sérios problemas.”p. 137. “Seus planos e sua família estavam destruídos: a filha estava morta, o marido partira, um dos filhos estava na cadeia, o outro, havia fugido.”p. 139. “Quanto aos meus filhos...tudo neles está errado, sempre foi. Eles nunca foram nada a não ser problemas. Eu tive três filhos: um deles era um anjo, e os outros dois, olhe para eles: um na cadeia e o outro viciado. Eu tive três filhos e morreu o filho errado.”p. 140. “Penny expressou profunda raiva em relação aos seus dois filhos – raiva não da maneira pela qual viviam, mas raiva porque eles viviam... Finalmente, chegara o momento de ajuda-la a se voltar para os seus filhos...Seus filhos sempre haviam sido difíceis? Nasceram difíceis? O que acontecera na vida deles que poderia tê-los empurrado para as escolhas que fizeram? O que eles experienciaram quando Chrissie estava morrendo? Alguém havia falado com eles a respeito da morte? Como eles se sentiram por comprar um lote funerário?...o que eles sentiram pelo abandono do pai?”p. 141. “Sem dúvida ela negligenciara os meninos durante os últimos oito anos...a raiva que ela sentia em relação a eles, em grande parte unicamente por estarem vivos em vez de Chrissie, criava um silêncio entre ela e os filhos. Eles haviam crescidos duros e distantes...”p. 142. “eu estava particularmente impressionado com dois temas fortes no relato de Penny sobre a sua vida. Um deles é que ela fora enganada, que as cartas foram armadas contra ela quando estava com oito anos de idade. Seu maior desejo para a sua próxima vida...era ser “podre de rica”. Um outro tema era “escapar”, não escapar fisicamente de Atlanta, de sua família, do ciclo de pobreza e alcoolismo, mas escapar de seu destino de se tornar uma “pobre velhinha louca” como a mãe, sendo que Penny recentemente ficara sabendo que sua mãe tivera várias hospitalizações psiquiátricas nos últimos anos.”p. 146. “A morte de Chrissie e o profundo desapontamento de Penny em relação aos seus dois filhos devem ter incitado seu arrependimento por ter dado as filhas, devem tê-la feito sentir que não apenas a criança errada morrera, mas que as crianças erradas haviam sido adotadas.”p. 148. “Penny desatou a chorar...Chorou por seus filhos, pelos anos irrecuperáveis, pela destruição de suas vidas. Chorou pelas duas filhas perdidas, que jamais conheceu...mas, acima de tudo, ela chorou por si própria, pela vida que havia sonhado e que jamais vivera.”p. 149. “Eu não queria que a culpa de Penny, eliminada tão recentemente, “revelasse”como ela negligenciara os filhos...meses mais tarde, ela realmente desenvolveu culpa no relacionamento com os filhos, mas naquele momento estava mais capaz de tolerá-la e maneja-la, modificando o seu comportamento.”p. 154. .

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