Resumo de Vinculação

A Vinculação A Vinculação (Apego ou Attachement) é a necessidade de estabelecer laços, contacto emocional entre o bebé, a mãe, o pai e outras figuras significativas próximas, tias, tios, primos e avós. A vinculação não é inata o que é inato é o potencial para a desenvolver, logo poder-se-á dizer que é um processo biologicamente determinado. A vinculação entre mãe e filho começa muito antes do seu nascimento. Sendo uma experiência única vivenciada pela mulher e que vai modificar profundamente a sua vida, transformando significativamente as suas actividades diárias, assim como a disposição física da sua habitação, a vinda de um novo ser requer mais espaço e mobília. Os pais deixam de pensar neles próprios em primeiro plano direccionando todas as suas energias e ambições para os seus filhos, de forma a lhes proporcionar, cuidados de saúde, inteligência e personalidade correspondentes às suas expectativas. Para que se criem laços sólidos entre o bebé e a mãe, é fundamental que a mãe seja sensível e atenta aos comportamentos e sinais transmitidos pelo seu filho, para que este se sinta compreendido. Desta forma, a mãe ao interagir com o seu filho, vai reforçar o seu comportamento conferindo-lhe confiança e estimulando-o a desenvolver novas aquisições. A vinda de um novo ser vai enriquecer a vida do casal quer a nível psicológico, familiar e social. A interacção mãe recém-nascido começa logo nos primeiros instantes que se seguem ao nascimento, através do primeiro olhar, do primeiro toque. Os primeiros dias, ou até mesmo as primeiras horas logo após o parto, é considerado por alguns autores como o “período sensível”, durante a qual a mãe está verdadeiramente apta para constituir um laço de ligação com o bebé. O desenvolvimento social inicia-se com o primeiro vínculo humano, o do bebé em relação à pessoa que cuida dele, geralmente a mãe. O bebé quer estar perto da mãe e, quando não está bem, fica confortado com a sua imagem, a sua voz, e o seu contacto. A este respeito, os bebés humanos têm muito em comum com os de outras espécies. As crias dos macacos rhesos agarram-se ao corpo das mães, assim como os pintainhos seguem a galinha, os cordeiros correm atrás da ovelha. Daí que depois de adultos tentem seguir os modelos parentais. É por isso que a vinculação é fundamental na relação mãe e filho, mas não podemos esquecer que mais tarde nesta relação de díade entra também o pai, para formar a tríade. Quando a vinculação é realizada em segurança e conforto, em que a mãe proporciona tudo o que o seu bebé necessita, irá desenvolver uma ligação profunda entre ambos que perdurará pelo tempo. Não é de estranhar a simbiose existente entre mãe e filho, por isso é que por vezes quando o filho sente algum mal-estar ou angústia tem tendência a confortar-se junto da sua mãe. Será que existe alguma diferença entre a vinculação do bebé ao pai e a vinculação do bebé à mãe? Actualmente, considera-se que ambas as vinculações, ao pai ou à mãe não constituem alguma diferença, as crianças vinculam-se muito precocemente a ambos, embora essas vinculações detenham algumas características diferentes, nomeadamente o brincar. As mães brincam de forma mais calma, são mais ternas, os pais têm brincadeiras mais vigorosas, daí as crianças procurarem a mãe quando querem meiguice e conforto, e o pai para brincar. Devido à actividade profissional das mães, os pais têm um papel cada vez mais activo na educação dos seus filhos, participando em todas as tarefas relacionadas com a sua higiene, alimentação, cuidados de saúde e como já foi referido anteriormente, o pai é o seu eleito para as brincadeiras mais activas, participando desta forma no seu desenvolvimento lúdico. “…, o padrão geral é óbvio: a mãe é segurança e conforto, enquanto que o pai é brincadeira”. ( Clarke-Stewart, 1978; Parke, 1981; Lamb, 1997)

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