BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


O CAFÉ E A REPÚBLICA - ECONOMIA CAFEEIRA
(Median Sobral)

Publicidade
implantação da economia cafeeira a partir de 1840. Percebemos que um conjunto de fatores favoráveis - como o crescimento das exportações de café, o aumento das taxas alfandegárias pela tarifa Alves Branco, a abolição do tráfico negreiro, a vinda de imigrantes europeus a partir de 1850 - permitiu a urbanização e o lento desenvolvimento da indústria. Esse surto industrial foi, entretanto, efêmero, pois a partir de 1860 a lei Silva Ferraz (anulando os aumentos alfandegários) provocou retração no mercado interno e iniciou uma série de falências dos pequenos setores fabris brasileiros.
Mas um novo surto industrial originou-se a partir de 1870, estendendo-se até os fins do século XIX. Os investimentos exigidos pela Guerra do Paraguai, a manutenção do Exército, o crescente trabalho assalariado e a expansão cafeeira estimularam esse novo surto.
A economia da República Velha De 1889 a 1930, a economia brasileira desenvolveu-se basicamente graças ao acúmulo de capitais oriundos do setor cafeeiro associado aos investimentos estrangeiros. O preço pago foi a manutenção da estrutura latifundiária e da monocultura, que orientavam o tipo de implantação industrial no país. Assim, a indústria brasileira nasceu da fusão de tecnologias importadas com velhos procedimentos herdados do período colonial. Ricos latifundiários dedicados à monocultura cafeeira foram ao mesmo tempo proprietários das primeiras indústrias.
Industrialização regional
Os investimentos estrangeiros predominavam na formação da infra-estrutura urbana. Em 1901, capitais ingleses, belgas e franceses instalaram a primeira usina elétrica em São Paulo. Em seguida, em 1904, capitais canadenses e ingleses organizaram a Light Power, que explorou os serviços urbanos de gás, energia elétrica, esgoto, água, transporte etelefone no eixo São Paulo
- Rio de Janeiro, enquanto os Estados da Bahia, Paraná, parte de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul eram abastecidos por outra companhia, também inglesa. Assim, é possível distinguir o crescimento urbano-industrial em diferentes regiões brasileiras, à medida que foram sendo instaladas as infra-estruturas das cidades.
O Rio de Janeiro contava com os melhores serviços urbanos por ser a capital da República. E isso permitiu que essa cidade se tornasse a sede do maior parque industrial do país (São Paulo a superou apenas na década de 20).
O crescimento do Rio de Janeiro deveu-se, em primeiro lugar, aos impostos arrecadados pela União e às taxas do comércio de exportação e importação das mercadorias que transitavam pelo porto carioca. Em segundo lugar, figuravam os capitais excedentes da lavoura cafeeira da Baixada Fluminense (Vale do Paraíba), que eram aplicados na indústria.
Somava-se a isso a existência de farta mão-de-obra constituída de ex-escravos que se dirigiam para a cidade do Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. Formou-se, assim, um exército industrial de reserva, isto é, um excedente de trabalhadores disponíveis que barateava os custos de produção, pois as fábricas ofereciam baixos salários.
No começo do século XX, o segundo centro urbano do Brasil era Salvador (BA). Por ter sido uma das economias coloniais de maior desenvolvimento do país, a Bahia dispunha de matérias-primas (como algodão e fumo), de capital (originário da economia de exportação) e de trabalhadores livres capazes de assegurar a criação do setor fabril.
Outra cidade nordestina em que a indústria se desenvolveu foi Recife (PE). Lá havia grande quantidade de trabalhadores livres, vindos do interior pernambucano, expulsos do campo pelo processo de modernização dos engenhos de cana-de-açúcar, que se transformaram em usinas. A existência de matéria-prima (algodão) e de um mercado interno regional (representado pela crescente população urbana) permitiu o surgimento das primeiras indústrias pernambucanas de grande porte: o setor têxtil. A companhia têxtil do grupo Lundgrenn, por exemplo, foi o mais bem-sucedido empreendimento fabril da região, pois conseguiu aliar produção e comércio. A fábrica vendia no atacado e no varejo através da criação de uma vasta rede comercial denominada



Resumos Relacionados


- A Industrialização No Brasil

- Fases Da Industrialização Brasileira

- Capítulo Xxvi: O Fluxo De Renda Na Economia De Trabalho Assalariado

- A IndustrializaÇÃo E O Desenvolvimento Economico No Brasil

- Desenvolvimento Econômico Brasileiro



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia