Dezenove Minutos
(Jodi Picoult)
Trabalho muito interessante da autora sobre uma tendência que vem avançando em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos, diretamente ligada à sociedade permissiva em que vivemos na atualidade, o livro conta a história do jovem Peter Houghton da cidade de Sterling (New Hempshire).
Peter é um jovem tímido que sofre discriminação dos alunos do colégio onde estuda, sob a forma de brincadeiras, abusos e, até mesmo, surras impostas por grupos de jovens que, para obter diversão, não encontram limites e acreditam que tudo é válido para que imponham sua soberania perante os demais alunos que os rodeiam.
Sem muitos amigos, Peter encontra apoio em Josie Cormier, que o ajuda a superar as situações e o consola sempre.
Porém, com o passar do tempo, o próprio Cormier sofre influência dos maus elementos da escola e começa a se afastar gradativamente de Peter que passa a sentir-se totalmente sozinho em seu mundo.
Depois de escapar de uma perseguição, Peter resolve que não vai mais tolerar tais abusos e, somente de uma maneira poderá por um fim em seu drama.
Armado, chega ao colégio e, em um impulso de ódio, resolve tragicamente seus problemas.
A obra nos leva a uma profunda reflexão, não no sentido de retirar a culpa de quem cometeu o crime, mas, no sentido de avaliarmos até onde também somos culpados por uma situação tão dramática como esta ou tantas outras que já assisimos nos noticiários, quase nos acostumando com o fato, esquecendo-nos de que, este ato, não passa de reação, ou seja, antes dele, houve uma ação, geralmente esquecida por nós, quando apontamos o dedo e gritamos "assassino" isoladamente para alguém que, até uns minutos antes, era vítima.
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