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O outro lado dos encantos... Depressão Pós Parto / Materna
Todas as transformações inerentes à gravidez tornam a mulher mais sensível e mais vulnerável para o bom e para o mau. A mulher pode sentir-se mais insegura em relação às suas competências como mãe. Tende a questiona-se se vai conseguir cuidar do bebé e responder às suas necessidades.
Autores dizem que após o nascimento do bebé, a mãe pode apresentar aquilo que se chama de “blues pós parto”. Caracteriza-se por sentimentos passageiros manifestos em humor depressivo, crises de choro sem motivo aparente ou desencadeadas por situações que normalmente não teriam tal efeito, irritabilidade fácil, ansiedade, perturbações do sono e do apetite, alguma confusão, sentimentos de inferioridade, culpabilidade e vivência de cansaço. Este “blues pós parto” pode resultar de uma série de factores, nomeadamente a estrutura da personalidade da mãe. Pode durar algumas horas, dias e pode ir até à 2ª/ 3ª semana após o parto. Muitas vezes não é detectado, é sim desvalorizado pelas pessoas que estão em torno da mãe; família e amigos que dizem: “é normal, está vulnerável”.
Muitas vezes, este quadro antecede a depressão pós-parto propriamente dita, apresentando mais ou menos os mesmos sintomas mas sendo mais contínua no tempo.
Na depressão pós-parto, os sentimentos de inferioridade resultam directamente dos sentimentos de incapacidade para cuidar do seu bebé, dar-lhe amor e compreender as mensagens que o bebé transmite. A mulher apresenta cansaço, desinteresse, incapacidade para tomar qualquer responsabilidade, culpabilidade, sentimentos de vergonha e o desespero. Uma mulher que sente que não é capaz de cuidar do seu bebé, que não quer, sente uma enorme culpabilidade e que outra pessoa cuidaria melhor do bebé. Esses sentimentos dão origem mais tarde a comportamentos de hiper-protecção e hiper-presença para compensar a culpabilidade que sente pela forma como trataram ou sentiram o seu bebé.
Nestas situações, a mãe não deve ser afastada do bebé mas sim cuidar dele com ajuda, excepto quando há descompensação psicótica.
Muitas vezes não se diagnostica a depressão pós parto e só mais tarde quando a criança já é grande, é que se detecta a depressão na mãe. Já não é depressão pós parto mas sim depressão materna que derivou da gravidez mas que não foi reconhecida nessa altura. A mulher sente-se cada vez mais incapaz e que ninguém a percebe.
Daí que numa depressão pós-parto a mãe deve ser compreendida e ajudada. Tudo piora quando ela fica sozinha e nem sequer consegue preencher os cuidados básicos, acabando por deixar o bebé a chorar durante muito tempo. Esta mãe vai sentir-se extremamente culpabilizada e os seus sentimentos de culpabilidade vão ser sentidos, não só na própria (como acontece numa depressão “normal”) como também no seu bebé. Este estado psicológico não a vai ajudar a estabelecer relação com o bebé. Ficam incapazes de funcionar em qualquer campo e como tal os sentimentos de culpa vão sendo cada vez maiores e alastram-se igualmente para o seu dia-a-dia, ou seja, não consegue fazer nada bem, nem como mulher, nem como profissional.
Neste sentido, torna-se essencial que seja realizado um diagnóstico na devida altura para que se possa fazer uma intervenção no sentido de restabelecer o funcionamento da mãe, melhorar a relação mãe-bebé e para que mãe consiga compreender e ultrapassar o que está a sentir e vivenciar dentro dela.
Psicóloga Clínica Carolina Rodrigues



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