Resumo de Do Céu ao Inferno -

27 de janeiro a 06 de abril de 2008. Período inesquecível para a nação quadricolor do Vale do Aço. Com certeza o pior, na curta história do mais novo integrante da elite do futebol brasileiro. Ao subir para a Série A e, em seguida, cair para o módulo II do mineiro, o Ipatinga FC e seus torcedores foram do céu ao inferno e por isso, se o futebol já é uma paixão, em Ipatinga é mais que isso, um vírus que contaminou crianças, adolescentes, adultos e idosos. Essa paixão virou dor, bateu forte no peito de quem ainda não conhecia derrotas, razão pela qual a queda para o módulo II foi tão sentida entre nós.

Sempre que posso, acompanho tudo que diz respeito ao Tigre. No jogo treino deste sábado contra o Baixo Guanduense de Baixo Guandu – ES, um torcedor gritava, esbravejava, xingava os jogadores e diretores, cobrava resultados pelos altos salários recebidos a ponto de ser interpelado por outros torcedores que se sentiam incomodados pela forma agressiva que o mesmo se dirigia aos jogadores e diretores do Tigre. Pouco sabe nosso torcedor sofredor que a caminhada é longa e só agora largamos.

A principal razão pela queda do Tigre ao módulo II do mineiro foi a nostalgia pelo acesso à elite do futebol brasileiro, que contaminou primeiramente uma diretoria competente, porém inexperiente e, como um dominó à toda a comissão técnica e jogadores. Não vejo entretanto a queda do Ipatinga como o fim do mundo. Só cai quem está em cima, e, portanto a queda é comum para quem está no degrau superior. Vários grandes clubes do futebol brasileiro caíram e deram a volta por cima – Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Fluminense, Atlético Mineiro, Corinthians etc. O Ipatinga FC é um time grande e não será diferente dos demais – vai dar a volta por cima.

O que precisamos entender é que o jogo tem três resultados – vitória, empate e derrota, e quando entramos no jogo um dos resultados será obtido. O que não podemos é acomodar com outro resultado, senão a vitória. O Ipatinguense de uma forma geral, não está acostumado com derrotas – nem no futebol. No caso do Tigre, é hora de juntar os trapos, lavar a roupa suja, rever planejamentos e, principalmente, repensar atos e ações. Comprovadamente a diretoria é competente e já demonstrou que sabe fazer isto muito bem.

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