José Carlos Barbosa reuniu estes documentos sobre a lenda viva da resistência à escravatura, ZUMBI DOS PALMARES. Segundo a documentação, Zumbi (nome do deus africano da guerra) era neto da princesa Aqualtune trazida como escrava ao redor de 1602 e logo depois fugiu com outros escravos para a serra da Barriga em Alagoas. A epopéia desse Quilombo durou mais de cem anos. Pernambuco estava em guerra com os holandeses e a colônia negra se dava bem vendendo e plantando na região dos holandeses. Em 1644 os holandeses tentam destruir o quilombo dos Palmares. Na segunda tentativa desistiram e o Quilombo cresceu. Nessa época nasceu Zumbi. Nasceu livre, de linhagem real e nunca foi escravo. Tudo foi muito bem no aldeamento negro comerciando quase meio século, mas todos sabiam que a paz era temporária porque os escravos fugiam das senzalas e os fazendeiros não iam permitir que isso continuasse assim. Chegaram a 50 mil habitantes. Em 1671 há uma expedição quase vitoriosa contra os Palmares sob comando do Capitão André da Rocha e depois o Tenente Antonio Jacomé Bezerra; prendem uns duzentos palmarinos. Voltam com o agora coronel Bezerra e mais de seiscentos soldados. Os quilombolas estão melhor armados e os derrotam. Em 1674 Pedro Almeida, governador de Pernambuco organiza nova expedição contra Palmares levando o negro Henrique Dias da guerra contra os holandeses e seus batalhões de negros. Havia mais de 2000 casas e acabaram incendiando e se retiraram para 25 quilômetros dali enquanto os colonialistas se instalaram no local. Era 1675. Zumbi começou a virar lenda de coragem e força. Em 1677 mandam Fernão Carrilho com mais tropas. Ganga Zumba que comanda os Palmares faz a paz em 1678 com o governo de Pernambuco e sua vila é reconhecida. Zumbi não concorda e nessa disputa, envenenam Ganga Zumba e Zumbi assume o comando dos Palmares. Aí começa a fase sangrenta. Em 6 de fevereiro de 1694 há a invasão final dos Palmares pelas tropas coloniais. Zumbi foge. Em 20 de Novembro de 1695 o comandante André Furtado de Mendonça corta a cabeça de Zumbi, levando-a para o Recife. A lenda ficou. Mas, na verdade os negros brasileiros que construiram o Brasil, amam esta Pátria e não têm espírito de vingança contra os brancos, pois sabem que Zumbi só foi derrotado porque a maior parte da tropa era também de negros contratados para a guerra. Este livreto pode ser adquirido pelo site http://www.kgblivraria.com.br ou com o próprio autor
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