Para mudar seu Eu, sem dor.
(Sueli Nascimento)
Na natureza todos os organismos vivos criam sistemas de defesa contra as agressões do meio ambiente.
A tartaruga, por exemplo, possui uma carapaça que a protege dos predadores. Em situações de perigo, ela retrai a cabeça, as patas e a cauda para dentro do casco e só os libera quando percebe que o perigo passou.
Nós, humanos, não precisamos nos proteger de predadores naturais, mas desenvolvemos couraças para nos proteger de sensações e sentimentos com os quais não conseguimos lidar. As couraças são defesas psicológicas e energéticas importantes. Elas ficam localizadas em regiões específicas do corpo.
Pessoas com couraças bem adaptadas têm pensamentos e movimentos corporais flexíveis e sabem como se comportar para resolver as crises.
Porém, quando as couraças estão enrijecidas elas têm dificuldade para encontrar saídas para os desafios que a vida lhe apresenta, pois por não reconhecerem suas emoções, nutrem sentimentos negativos, pensamentos confusos e comportamentos inadequados. Dizemos que tais pessoas estão encouraçadas.
O encouraçamento causa imobilidade energética no organismo e ocasiona transtornos em todas as áreas da vida. O corpo desvitalizado sofre com doenças auto-imunes, aquelas criadas por nós próprias; a mente sofre com o embotamento criativo; a visão de mundo pessimista e resignada prejudica os relacionamentos profissionais, familiares e afetivos.
Foi Wilhelm Reich, médico e psicanalista austríaco, que descobriu nas primeiras décadas do século XX a formação e os efeitos do encouraçamento humano. Para ele a pessoa se torna plenamente saudável quando recupera a capacidade de sentir a energia fluindo em seu organismo. E para isso é preciso flexibilizar as couraças rígidas.
Quando as pessoas participam ativamente da flexibilização das couraças seu "Eu" se transforma, pois através do autoconhecimento desenvolvem a inteligência emocional; recuperam a capacidade energética e percebem grande melhora na qualidade de sua vida, em todos os sentidos.
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