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Mato Grosso e o desmatamento acelerado
(Daniel Costa; Santiago Nogueira - Jornal do Brasil)

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O estado de Mato Grosso em pouco tempo não poderá mais ser reconhecido por este nome, tamanha é a taxa de desmatamento na região. Quando os aventureiros Artur e Fernando Paes de Barros lá chegaram, em 1734, ficaram impressionados com a exuberância da floresta densa, o que resultou no nome. Atualmente o Mato Grosso é responsável por quase 50% do desmatamento anual na Amazônia. Há muito tempo o estado é o recordista em desmatamento na região conhecida como a Amazônia legal brasileira. As principais causas desse processo exterminador são o agronegócio, a especulação fundiária e a exploração de madeira irracional.
Estudos prevêem um cenátrio catastrófico para a região, caso nada seja feito para conter tamanha destruição. Em 2020 o estado poderá chegar a ter menos de 23% de sua cobertura florestal original. Mas, infelizmente, este processo está condicionado a fatores políticos, sócio econômicos e biofísicos. Há sempre uma demanda  por terra agricultável, as economias brasileira e mundial oscilam muito e as políticas do governo nem sempre são favoráveis ao verdadeiro desenvolvimento sustentável. Além disso o estado do Mato Grosso tem o acesso facilitado por rodovias, a extração ilegal de madeira vigora, a pecuária extensiva predomina e a lavoura de soja não para de crescer. Estudos fizeram simulações onde dois cenários foram criados, todos baseados em dados coletados a partir de 2005 (quando 40% de suas florestas já tinham sido desmatadas), sem contar as áreas de cerrado. Num primeiro cenário, se as atuais taxas de desmatamento oficiais continuarem a 5,9% ao ano, a partir de 2005 até o ano de 2020 sobrariam menos de 23% da mata original.
Foi considerada, no segundo cenário, uma possível redução das taxas de desmatamento, simulando consequências a médio prazo da redução de 50% na taxa de desmatamento, e incorporando as Unidades de Conservação propostas mas ainda não implantadas em Mato Grosso. Assim, em 2020 teríamos 39% de florestas preservadas em terras públicas e privadas, mais 39% protegidas em terras indígenas e o restante em Unidades de Conservação. Embora os modelos de simulação estejam sujeitos a erros, já que não mostram a realidade, servem de alerta sobre as consequências da expansão do agronegócio mal conduzido. Em vista das ações que vemos hoje no estado, o futuro ambiental de Mato Grosso é realmente catastrófico!



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