O Conto da Ilha Desconhecida
(José Saramago)
Resumo- “O conto da ilha desconhecida”
Era uma vez um homem que tinha um sonho, que era encontrar uma ilha desconhecida, mas para o realizar precisava de um barco.
Então resolveu ir à porta das petições do palácio falar com o rei, para pedir um barco emprestado. Quando bateu à porta do palácio, atendeu a mulher da limpeza, que lhe disse que o rei não viria àquela porta, porque estava na porta dos obséquios. A isto o homem respondeu que não saía daquele lugar até que o rei ali fosse pessoalmente.
Passados três dias, o rei decide atender o homem. Este pede-lhe um barco para encontrar uma ilha que ele diz ser desconhecida, para espanto do rei que afirmava que não existiam ilhas desconhecidas, pois estavam todas nos mapas. Após uma grande persistência por parte do homem, o rei dá-lhe a embarcação, porém sem os tripulantes necessários para fazer a viagem.
A mulher da limpeza farta de trabalhar no palácio resolve acompanhar o aventureiro, saindo pela porta das decisões à procura da tal ilha desconhecida.
O homem procura tripulantes para a navegação, no entanto, nenhum marinheiro concordou com a sua idéia de procurar a “Ilha Desconhecida”. Quando o homem chegou ao porto percebeu que sem tripulantes não conseguiria manobrar o barco.
Nesse mesmo dia, ele e a mulher da limpeza estrearam o barco, jantando e dormindo nele. Durante a noite, o aventureiro tem um sonho em que a sua caravela ia pelo mar alto, abrindo caminho sobre as ondas, enquanto ele manejava a roda do leme e a tripulação descansava. Perguntou aos marinheiros se já avistavam alguma ilha que não fosse conhecida, ao que eles responderam que não, que a ilha desconhecida não existia e que queriam ficar no próximo porto. Depois de saírem, o barco entretanto transforma-se numa floresta, sendo ela a tal ilha. De manhã, quando acorda, repara que nada do sonho era realidade, e que era apenas um fruto da sua imaginação.
Sem nada para fazer, os dois pintaram na proa do barco, de um lado e do outro, o nome que ainda lhe faltava dar. E então nesse mesmo dia com a maré “A Ilha Desconhecida” fez-se enfim ao mar, à procura de si mesma.
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