A Lenda do Boto
(Misterwanderley)
No interior do Amazonas, especificamente na cidade de Itacoatiara, nos tempos de antigamente, era comum famílias saírem em embarcações para festas de arrrasta-pé nas comunidades ribeirinhas, certo dia estava em uma dessas festas, eu era naquele tempo, menino novo robusto, cheio de charme e beleza, chamava a atenção das moças que ali se faziam presente. Até que em certo momento chegou um jovem todo vestido de branco, chapéu de couro também branco que atraiu a atenção de todas as meninas. Aproximou-se da menina que mais me interessava e a convidou para dançar. Eu, fiquei de olho nos dois, enciumado a festa continuou rolando, entrando pela madrugada e, em certo momento não avistei mais nenhum dos dois. Sai a procura da moça, pedindo informações para um e para outro sem ninguém me dar informação, até que encontrei um velhinho sentado na escada lá fora e ele me informou que os dois saíram em direção ao rio, corri para lá sendo informado por um outro senhor que os dois entraram no rio. Voltei para casa triste e solitário, sendo acalentado por minha avó que me perguntou como era tal jovem, e contei-lhe que era um jovem galanteador e falante. Foi quando ela para meu espanto me falou que este tal jovem a quem eu me referia era um boto cor-de-rosa, e que nas noites de festa junina ele se transformava em homem e saia para seduzir as jovens e engravida-las no fundo do rio, tornado a virar boto no outro dia, e que o chapéu que ele usava era para esconder aque buraco que ele tem no meio da cabeça, seu nariz grande e o rosto.
Hoje em dia principalmente aqui em nossa região, quando uma menina engravida e não sabe quem é o pai, costuma-se dizer que a gravidez é do boto.
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