O LEÃO E O RATO - FÁBULAS
(Esopo)
Duas versões já ouvi. ESOPO, como sempre, copiou de mais antigos narradores: Era uma vez um poderoso leão em sua toca. Eis quando viu aproximar-se dele um frágil ratinho em busca de restos da caça que ele acabava de saborear. Passou sua garra sobre ele e levou-o à boca. "Não me devore! Prometo que serei grato por toda a vida!" "Arre! que reconheces que sou o Rei!"E o Rei dos animais poupou a vida do ratinho. Algum tempo mais à frente o mesmo leão da floresta caíu na rede de caçadores e por mais esforço que fazia, mais se prendia nas malhas da rede que nem conseguia romper com sua força brutal nem tinha dentes cortantes para roer as cordas da rede. Ouvindo os urros do leão, o ratinho lembrou da gratidão que tinha pelo Rei. Correu até o local e lhe disse: "Eu ajudo, Majestade!" "Quem és tu, pobre roedor? Se minha força não pode libertar-me?" "Eu sou o ratinho que salvaste da morte quando ias devorar-me! Nem sou tão fraco assim. Meus dentes são capazes de roer qualquer corda de rede." E meteu dentes à obra e em poucos minutos libertou o leão, lembrando - O bem, com o bem se paga. Humoristicamente, outra versão corre ao contrário, dizendo que o leão riu do ratinho na primeira estória, dizendo que já havia ouvido aquela fábula e era mentira, por isso iria devorar o ratinho e o fez. Quando caíu na rede, além de urrar, chamou os ratinhos da redondeza, prometendo parte do reino para que roessem a rede... E os mouse-mikeys da floresta vieram assistir o leão sendo levado pelos caçadores e cantando em coro: "Você não ouviu Esopo? Cantavas de valente e poderoso? Pois dança agora!"
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