Resumo de Tratamento da incontinência pós-parto

Acontece com frequência, que as mulheres, a seguir aos partos, fiquem a sofrer de incontinência urinária. Na tentativa de atenuar tal problema, pois assim se devolveria às mulheres, no que a isso diz respeito, a qualidade de vida que tinham antes dos partos, alguns médicos já aconselhavam, de forma expedita, os conhecidos exercícios pélvicos. No entanto e apesar dos resultados satisfatórios demonstrados pela experiência, à terapia faltavam as bases cientificas que provassem a sua eficácia. O presente estudo fornece algumas :

Proseguindo na ideia de que as incontinências urinárias decorrentes dos partos podem ser tratadas com o exercício dos muscúlos pélvicos, fez-se um estudo no Canadá, o qual envolveu 64 mulheres com a citada incontinência urinária. Estas mulheres foram distribuídas, ao acaso, por três grupos.

Grupo A) 21 mulheres fizeram exercícios pélvicos sob a orientação de um fisioterapeuta.

Grupo B) 23 mulheres, além dos exercícios pélvicos, treinaram também os múscúlos abdominais, igualmente sobre a orientação de um fisioterapeuta.

Grupo C) 20 mulheres não fizeram nenhuma reabilitação, ficando assim com o estatuto de grupo de controlo das experiências.

As mulheres dos dois primeiros grupos fizeram também uma sessão semanal de estimulação eléctrica dos músculos pélvicos, através de eléctrodos colocados na vagina e no ânus. Efectuaram, ainda exercícios em casa.

Os resultados foram avaliados ao fim de 8 semanas. Os investigadores tiveram em conta as perdas de urina ( retida pelo penso higiénico), a acção dos músculos pélvicos e os sintomas ou incómodos provocados pela incontinência urinária. O teste revelou uma redução da incontinência em 70 % das mulheres dos grupos A e B. Em consequência, também diminuíram bastante as queixas. Não houve diferenças significativas entre estes dois grupos, pelo que, neste aspecto, o treino dos músculos abdominais não será de grande utilidade. Em contrapartida, no grupo de controlo, o problema de incontinência manteve-se, o mesmo acontecendo com sintomas de que as mulheres se queixavam.

BIBLIOGRAFIA: Revista A Teste Saúde, nº 52, Dezembro de 2004/ Janeiro de 2005; Edideco, Editores para a Defesa do Consumidor, Lda.; Lisboa

Resumos Relacionados