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O Auto da Barca do Inferno
(Gil Vicente)

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O Auto da Barca do Inferno (teatro) – Gil Vicente
Francisco Achcar (Revista para estudo)
Resumo de Lual

            Gil Vicente, fundador do teatro ibérico, é destacado na literatura portuguesa como uma das figuras mais poéticas do Renascimento, manifestando o sentimento patriótico não menos que o de Camões. Nasceu no final do séc. XV e faleceu em meados do séc. XVI. Testemunhou muitos acontecimentos históricos de Portugal, refletindo de forma humorística e crítica no seu teatro, que provém de tradições dramáticas do final da Idade Média diferente do teatro clássico.
            O plurilingüismo vicentino é um dos mais brilhantes do engenho artístico cultural quinhentistas. Seus personagens utilizam as formas lingüísticas próprias de seu meio social. Em seus versos cheios de ritmo e naturalidade consegue captar uma imensa variedade de registros de linguagem. O seu teatro além de uma grande manifestação de arte é um importante documento lingüístico: uma compilação de falas portuguesas do início do séc. XVI. Ionesco e Beckett, grandes criadores de novas tendências teatrais de nosso século, são apontados como semelhantes ao seu estilo. Além de poeta dramático é também um notável poeta lírico.
            Deduz-se que sua ideologia está dividida entre os valores medievais: sociais, religiosos e morais, e na linha de Erasmo de Roterdam (autor de “Elogio da Loucura” – importante figura do Renascentismo), Gil combate o formalismo religioso e as práticas da igreja na época.
            Na peça “O Auto da Barca do Inferno”, como em toda a “Trilogia das Barcas” (além da citada, a Barca do Purgatório e a Barca da Glória) apresenta o Diabo e o Anjo defrontando-se com as almas das pessoas recém-mortas, embarcando para a eternidade no rio da morte – mitologia grega. Procurando para isto a barca do céu, mas ninguém merece o paraíso: caráter negativo, corrupções, explorações humanas... O Anjo diz que não embarca tirania naquele batel divinal, e daí não ter como fugir da barca do inferno. Dependiam da decisão de São Miguel, que segundo a tradição católica, o anjo que julga as almas destinando-as ao céu ou ao inferno:
                                                “Tomastes em abundância
                                               o sangue dos trabalhadores,
                                               ignorantes pecadores (ou de pecados).
                                               Por que não os ouvistes?
                                               Não lestes
                                               pedras
                                               caem por terra (não têm valor),
                                               se tiverdes dado algo (algum dinheiro)
                                               destinos desventurados...
                                               Inferno!
            Este auto de Moralidade é concluído pelo Anjo na barca da Glória, alegando que os mártires da Madre Igreja que morrem lutando merecem paz eterna: embarcam.



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