BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Os Lusíadas - Episódio de Inês de Castro
(Luís de Camões)

Publicidade
O episódio de Inês de Castro encontra-se no canto III d' Os Lusíadas , desenrola-se entre as estrofes 118 e 135 e pertence ao Plano Narrativo da História de Portugal.

É Vasco da Gama (narrador) quem conta ao rei de Melinde (narratário) este trágico episódio que começa com o regresso vitorioso de D. Afonso IV. o Bravo, da Batalha do Salado.

Antes ainda de se centrar em Inês, o narrador começa por chamar a nossa atenção, na estrofe 119, para o cruel amor, que considera como principal culpado da morte de Inês. O amor é descrito como feroz e tirano, desejoso de sangue humano.

Na estrofe 120, o narrador centra a sua atenção em Inês, que descreve como uma jovem linda e alegre que passeava despreocupadamente pelos campos do Mondego (Coimbra) onde costumava encontrar-se com o príncipe D. Pedro. A Natureza surge como amiga e confidente de Inês, testemunha do amor entre os dois.

Alertado pelo murmurar do povo que não via com bons olhos a recusa de D. Pedro em casar-se, o rei, D. Afonso IV, acaba por, contra a sua vontade, ordenar a morte de Inês. O rei é claramente desculpabilizado por Camões que atribui culpas ora ao amor, ora ao destino, ora ao povo.

Na estrofe 124, os carrasco levam Inês perante o rei, que, apesar de comovido, é, mais uma vez, convencido pela vontade do povo.

Entre as estrofes 126 e 129, Inês desenvolve o seu discurso, suplicando ao rei para que lhe poupe a vida e argumenta relembrando-o de que até os animais mais ferozes têm sentimentos e de que ela, como inocente (pois o seu único crime foi o amor), merece pelo menos a oportunidade de criar os seus filhos, ainda que fosse condenada a um desterro em terras longínquas apenas habitadas por animais selvagens. Chama ainda a atenção do rei para os seus filhos, que, afinal, são netos dele.

O rei comove-se com as palavras de Inês, mas o seu destino estava traçado e o rei acaba por seguir a vontade cruel do povo.

Na estrofe 132, assistimos à morte de Inês levada a cabo pelos carrasco que a matam sem piedade com as suas espadas.  A Natureza, outrora amiga e confidente de Inês, chora a sua morte. As lágrimas das ninfas do Mondego transformam-se na bela fonte que ainda hoje podemos visitar na Quinta das Lágrimas em Coimbra - a fonte dos amores.



Resumos Relacionados


- O Cofre E O Fantasma

- Inés Da Minha Alma

- Inês De Castro E D.pedro I

- Os Lusíadas - Camões

- Os Lusíadas - Parte 1



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia