Abordagens cirúrgicas de ameloblastomas: conservadora ou radical?
(ADEYEMO; W. L.; BAMGBOSE ; B. O.; LADEINDE ; A. L.; e OGUNLEWE; M. O.)
Abordagens cirúrgicas de ameloblastomas: conservadora ou radical?
ADEYEMO, W. L.; BAMGBOSE , B. O.; LADEINDE , A. L.; e OGUNLEWE, M. O. Surgical management of ameloblastomas: conservative or radical approach? A critical review of the literature. Oral Surgery, v. 1, n. 1, p.22-27, fev., 2008.
Objetivo: O objetivo deste estudo é revisar a literatura pertinente para o tratamento de ameloblastomas e determinar o método mais apropriado. Métodos: Uma pesquisa computadorizada utilizando o MEDLINE foi realizada em artigos publicados sobre tratamento de ameloblastomas. Os termos utilizados na pesquisa foram: ameloblastoma e tratamento; ameloblastoma e abordagem cirúrgica. Uma tentativa foi realizada objetivando uma revisão sistemática no assunto, mas devido à inconsistência da terminologia, protocolo de tratamento, falta de triagens aleatórias controladas, e uma inadequada avaliação do acompanhamento dos tratamentos na maioria dos artigos pesquisados, realizou-se, então, uma revisão crítica narrativa da literatura pertinente selecionada com respeito ao tratamento de ameloblastoma. Resultados: É amplamente relatado que a recorrência de um ameloblastoma reflete em grande parte a insuficiência ou fracasso do procedimento cirúrgico primário. Recentes estudos têm demonstrado inequivocamente que quando se faz um diagnóstico de ameloblastoma, o tratamento deve ser agressivo e radical para evitar a recorrência. Informou-se taxas de recorrência de 55% a 90% para lesões sólidas ou multicísticas tratadas para abordagens conservadoras (enucleação ou curetagem), idem para as suas metástases. Com respeito a ameloblastoma unicísticos, a revisão sistemática da literatura mostrou que o tratamento por uma abordagem radical tem resultado nas menores taxas de recorrência. Para ameloblastomas, a primeira cirurgia (mormente radical) dá uma melhor chance de cura. Conclusões: Há uma falta de consenso sobre a modalidade de tratamento mais apropriada para ameloblastomas. Porém, uma abordagem mais radical (sempre que possível) parece ser o melhor método para atacar esta lesão benigna, mas localmente agressiva, com propensão a recorrências múltiplas.
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