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The mirror and the lamp
(M. H.Abrams)

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     O texto de Abrams começa por apontar falhas na teoria literária: «O estado da teoria da literatura é caótico: há teorias dispersas sem pontos em comum.»De seguida Abrams chega à conclusão que a critica literária é uma ciência, embora não seja uma ciência exacta, porque se considerarmos que o objecto de estudo da critica literária é a literatura e o seu método de estudo, é o método indutivo da ciência: a partir da observação de fenómenos particulares, tirar ilações gerais, princípios abstractos. Ao contrário das ciências exactas, em literatura não é possível fazer previsões no que diz respeito às obras literárias. Existe outra diferença entre a teoria literária e as ciências exactas, na critica literária não existe uma única verdade , na critica literária a verdade existe quando ela tem coerência própria. Assim existem várias teorias válidas e não uma só.
     Abrams propõe que se construa um modelo que possa enquadrar as diferentes teorias. Esse modelo seria um triangulo que seria preenchido pela obra de arte e em cada um dos vértices estriam o publico o artista e o universo. Uma das grandes vantagens deste esquema teórico seria o enquadramento feito tendo em conta a história, dentro desse triangulo cada um dos elementos varia consoante as épocas.
Abrams propõe as seguintes teorias: 

     Teorias miméticas: para estes críticos é factor essencial que a arte seja considerada uma imitação do universo. Nesta teoria é o elemento «universo» que é privilegiado em relação aos outros. Aristóteles partilhava esta visão, para ele a imitação é uma forma de aprender , ao contrário de Platão que considerava as imitações são obras imperfeitas .
     Falhas desta teoria: A linguagem como forma de mediatizar o real não é tida em conta, isto é, toda a representação implica uma convenção, tal como acontece com as onomatopeias que variam de língua para língua representando a mesma realidade.

     Teorias pragmáticas: para estes críticos o que interessa é o efeito que a literatura tem nos seus leitores. Faz-se a pergunta: para que serve?.O ideal é aliar a vertente pedagógica , à vertente de deleite tal como Horácio fez nas sua Ars Poética. A literatura é vista como uma forma de suprir as necessidades do leitor.
     Falhas desta teoria: pode haver tendência para se criar um didactismo exagerado e há o perigo de se alargar para uma natureza universal o que foi escrito para um público especifico localizado no espaço e no tempo.. 

      Teorias expressivas: aqui a obra de arte é o resultado da exteriorização dos estados de espírito dos autores, ou seja, o que se projecta sobre o mundo é a visão do poeta e não o mundo que se projecta na sua obra de arte. Como Abrams afirma, o mundo exterior é apenas o pretexto ou estímulo para o desencadear do estado de espírito do poeta.
     Falha desta teoria: Um dos erros destas teorias é estudar as obras apenas como um mero reflexo da personalidade do autor esquecendo a obra em si.

     Teorias objectivas: segundo estas teorias a obra é vista em si mesma, ela é auto-suficiente e não tem de se relacionar com elementos exteriores.
Falha nesta teoria: A autonomia da obra literária pode ser exagerada e a falta de visão histórica pode induzir em erro pois estas teorias tem uma visão muito sincrónica do discurso literário.

     Finalmente, há grandes vantagens nesta tipologia presente neste texto de Abrams. O esquema permite que cada teoria seja vista na sua perspectiva histórica.Com estes termos básicos, podemos falar destas teorias sem esquecer o período histórico em que nos enquadramos.



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