A MOSCA E O LEÃO - FÁBULAS
(LA FONTAINE)
Era uma vez um Leão que urrava irado ameaçando todos os súditos. Uma Mosca, ante o pasmo geral se arremessou contra o Rei, zumbindo ante seus olhos e nos seus ouvidos. Depois de algumas piruetas, pousou na orelha do Leão. O Leão, mais irado ainda, bateu com a pata e com a cauda, sacudiu as orelhas, urrando e ameaçando. A Mosca sai antes da patada e o Leão acerta em sua própria cabeça. E continuava fazendo círculos à volta da cabeça do Leão. Tanto o Leão saltou e esperneou na luta contra a Mosca que fugiu vencido para baixo das folhagens para ficar livre da importuna. A platéia que se ia juntando e divertindo com o combate, aplaudiu a vencedora e ela zumbiu e fez mais piruetas e voos rasantes em agradecimento aos aplausos. Fez ainda mil piruetas e voou veloz para a mata. Nesse trajeto estava a rede da Aranha! E toda a bicharada assistiu ao fim de uma Mosca vencedora do Leão, no estômago da mais sabida que era a Aranha! Moral da fábula de La Fontaine - Não é o mais bruto e valente, nem o mais veloz e audacioso os verdadeiros vencedores, pois sempre vai haver os silenciosos e pacientes que sabem urdir as redes para levar o troféu final. Na Terceira Guerra Mundial estamos assistindo a duelos silenciosos de mentiras e verdades em luta. Forças são exibidas ameaçadoramente. Moscas velozes e soltas no ar com terrorismo parecem vencer os que mostram seu poder. Mas quem está urdindo as redes para fazer o que é preciso?
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