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Hora de Voltar
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Hora de Voltar

Andrew Largeman, ator de televisão em Los Angeles, retorna à sua cidade natal para o funeral de sua mãe, e, o que seria apenas um reencontro com o passado torna-se uma busca por si próprio.
No início do filme vemos um jovem apático, que não demonstra grande tristeza ao ver sua mãe ser enterrada, nem grande euforia ao reencontrar sua família e seus antigos amigos. Descobrimos mais tarde o motivo: Andrew (ou Large, como é chamado pelos amigos), é dependente de lítio desde a adolescência, o que o fez viver em constante estado de apatia.
Pela ocasião de seu retorno, decide, sem a anuência de seu psiquiatra (que, ressalte-se, é o próprio pai), deixar a medicação por um tempo. E começa, então, a ter um verdadeiro contato com o mundo, tanto através dos antigos amigos que reencontra, quanto através de Sam, uma jovem que conhece no consultório de um neurologista.
Talvez para enfatizar a diferença entre os dois mundos de Large, o real e o conduzido pela medicação, vemos que seus antigos companheiros de colégio seguiram caminhos que causariam estranhamento em qualquer um. Um antigo usuário de drogas, por exemplo, tornou-se policial. Outro ganha a vida fantasiado de cavaleiro medieval. E todos ao reencontrá-lo, mostram-se admirados por seu sucesso. Ele, por sua vez, demonstra qualquer satisfação pelo que alcançou. Ao contrário, sequer sente ser aquela sua vida.
Mas a principal ajuda que Large consegue em seu resgate do real vem através de Sam. A garota, ao contrário dele, é a emoção em pessoa. Fala muito, sorri muito, chora muito. É ela que, inclusive, chora pela mãe de Large, quando este lhe conta a história de sua morte. E é por meio de um desabafo a ela que Andrew resolve seu maior conflito interno, o motivo de ter sido obrigado a “dopar-se” por toda sua vida: a culpa pela paralisia de sua mãe.
Ao que consta de seu relato, era apenas uma criança de nove anos quando, em um acesso de fúria, empurrou a mãe. Por um grande azar, a máquina de lavar louças, logo atrás dela, estava defeituosa e abriu. A mãe, então, tropeçou na máquina e bateu a cabeça na pia, tornando-a definitivamente paraplégica. Culpado por si e pelo pai, que achou ser o melhor caminho recorrer à medicação, para “controlar sua raiva”, Large começa a pensar, pela primeira vez, que sua mãe não era paraplégica por sua causa. Crianças têm, sim, acessos de fúria, mas ele não poderia ser culpado por um defeito na máquina de lavar louças.
A beleza desde filme está na descoberta da vida. Obviamente, sem a medicação, Andrew não será libertado apenas para vivenciar as alegrias. Também conhecerá o sofrimento, do qual talvez nem se lembre. C’est la vie.



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