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Cem anos de solidão
(Gabriel García Marquez)

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Ao iniciar essa leitura mais parece uma viagem ao mundo irreal dessa pequena vila, completamente alheia, Macondo parece estar esquecida no tempo envolta em uma nuvem de magia. As pessoas ali viviam sem qualquer contacto com o mundo exterior onde as noticias do mundo lá fora, eram as visitas anuais dos ciganos que por acaso em suas viagens descobriram a vila e então passavam pela vila trazendo novidades, passaram a serem ansiosamente esperados todos os anos. Sempre que chegavam traziam invenções inacreditáveis que tumultuavam toda a Vila.
Nesse mundo de fantasia o leitor começa a desvendar os mistérios de uma família muito diferente a família Buendía. A história dessa família mostra o caminho de cada um dos seus membros, e onde estes se cruzam deixando marcas e até mudando o percurso de outros, uma família na qual cada geração possui uma forte ligação com aquela que a antecedeu e assim sucessivamente. De maneira quase imortal através do tempo todo o conhecimento e sabedoria de um, é passado a outro, e a outro, de tal modo que conseguimos reunir num só Buendía, traços da “essência” da qual é feito cada um dos outros, sendo unidos por um mesmo destino de solidão sempre. Apenas numa família como esta poderiam sobrinho e tia viverem um grande amor, ou um só homem possuir mais de cem filhos. A história dos Buendía desenvolve-se de maneira apaixonante e o que no inicio parece um emaranhado de maluquices vai tornando-se esclarecedor e ligando um ponto com o outro fazendo com que Macondo surge na mente do leitor um lugar mágico algures escondido do mundo real. O realismo mágico presente em cada página é um deleite para os sentidos, a forma como os elementos do fantástico são introduzidos no dia a dia tão real de cada personagem é interessante. O paralelo entre episódios tão banais como a pobreza e as tarefas rotineiras em contraste com acontecimentos ficcionais como um padre que levita e tapetes voadores, o filho do casal de primos com rabinho de porco. São absurdos escritos de uma forma singular e equilibrada de maneira a não ser exagerado, mas suficientemente forte para exaltar a imaginação e magia de cada leitor. Temos então uma confrontação de mitos, lendas e presságios com elementos científicos e modernos feitos de uma forma inteligente e cómica que nos levam a questionar e reflectir o nosso dia-a-dia. Isso é o que torna um sucesso as obras que utilizam o realismo fantástico concentra-se na riqueza simbólica, trazendo variadas reacções perceptivas dos leitores, fazendo com que construam em suas mentes o argumento através da sua própria compreensão do mundo.Depois de tantas e quantas, no final da saga somente um daquela família existe Aureliano Babilónia, o que lê a história da família, escrita a cem anos atrás, anos antes até da sua própria morte, a qual ele lê. José Arcadio marca o inicio peculiar da família. Enlouquece e acaba amarrado a uma árvore. No dia em que é solto ali se mantém, amarrado por sua própria imaginação. E Úrsula Iguarán, firme matriarca e esteio do lar, até ao ultimo descendente, de sétima geração, Aureliano, que é vitima do andar dos anos, a incontornável evolução, Aureliano é fruto de uma relação dentro da família, nascendo assim com um rabinho de porco. Esse ultimo episódio trata-se da altura em que o pai, José Arcádio Buendía, acompanhado dos seus dois filhos, visita a tenda do cigano Melquíades, para ver a última maravilha que do mundo moderno “o gelo”
José Arcádio Buendía e os seus filhos Aureliano e José Buendía viram gelo pela primeira vez. José Arcadio Buendía, fundador da cidade, amigo do cigano Melquíades, o seu único veículo de relação com o mundo através das histórias que trás das suas viagens. Nunca poderia esquecer esse trecho da obra, onde as palavras possuem a força do sentimento: "Muitos anos depois, em frente ao pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o seu pai o levou a conhecer o gelo".
Úrsula a poderosa Matriarca é uma personagem que atravessa todas as gerações, vivendo 150 anos, personificou a compreensão dos cem anos de solidão, pois viveu todos esses anos sozinha em sua sabedoria que é revelada um pouco em cada descendente e seus respectivos herdeiros. Sendo um dos Aurelianos que acaba por desvendar os misteriosos escritos de Melquíades, neles constam todos os misteriosos caminhos da família que só serão revelados no ultimo instante em que o ultimo dos Buendia estiver encontrando-se com a morte… Ultimo trecho do livro:“No entanto, antes de chegar ao verso final, já tinha percebido que não sairia nunca desse quarto, pois estava previsto que a cidade dos espelhos (ou das miragens) seria arrasada pelo vento e desterrada da memória dos homens no momento em que Aureliano Babilónia acabasse de decifrar os pergaminhos, e que tudo o que neles estava escrito não podia acontecer de novo desde sempre e para sempre, porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a Terra.”



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