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O Barqueiro de Paraty
(Odir Cunha; Falkner)

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Um livro pode fazer você mudar a sua vida?



Isso é o que promete a editora Mundo Editorial ao lançar O barqueiro de Paraty, um livro escrito pelo jornalista e escritor brasileiro Odir Cunha, que sugere uma saída no mínimo inusitada para a eterna crise da meia-idade.

O enredo inicial é familiar: Pedro, aos 48 anos, vê os negócios e o casamentro ruirem, afastando-se também dos filhos.

Endividado, deprimido, ele volta a morar com os pais no mesmo bairro onde foi criado. Lá, em uma reunião de ex-alunos do colégio, ele reencontra Mauro, que há muitos anos também passara pelo mesmo problema.
Queimado de sol, alegre, feliz, Mauro é outro homem. Tinha encontrado o equilíbrio e a felicidade. Pedro fica intrigado. O que o amigo teria feito, que soluções teria encontrado para superar tão bem a separação e a queda do nível de vida?

Como resposta, Mauro o convida a passar uns dias em sua casa, em Paraty, e “reaprender a viver”.
Esse reaprendizado, que se baseia em outro enfoque da vida, inspirado nos ensinamentos de Epicteto, filósofo romano do início da Era Cristã, é o tema central de O barqueiro de Paraty.
Bem, se podemos mudar nossa caminhada na vida por um conselho sincero de um amigo, ou por um fato que vivemos ou presenciamos, então O barqueiro de Paraty poderá, sim, contribuir para redirecionar algumas rotas desorientadas.
O livro é apresentado como "uma história de virtude e amizade" e realmente estas são as duas qualidades que se sobressaem na história - que é singela, mas bela, profunda e tocante. 

Não duvido que pessoas identificadas com Pedro, um urbanóide em crise, encontre em O barqueiro de Paraty o estímulo de que estavam precisando para dar uma guinada no destino. Mas essa minha impressão é apenas conjectura.

Só o tempo dirá a que veio mais esta obra de Odir Cunha, o mesmo autor de "Dinheiro, é possível ser feliz sem ele", "Os bichos ensinam" e "Time dos Sonhos", entre outros.
 
 



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