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Parábola "O MACACO E A BANANA" – Um paralelo com a insegurança humana
(Luzia Aparecida Falcão Costa)

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Tem-se como pressuposto de que a busca do bem próprio depende da vontade de cada pessoa, já que a felicidade a ninguém é assegurada de forma incondicional. E é curioso observar como os seres que fazem parte da sociedade atual, ao contrário do que se poderia supor, não vêm demonstrando nenhum apego a esse instinto natural, denominado vontade. É óbvio que todos desejam se dar bem na vida, mas, desejar apenas, ter esperança, não são suficientes para que aquilo que se almeja, seja alcançado. E isso se tornou um fato praticamente consumado para a maioria das pessoas: querem, desejam, mas, pouco ou nenhum esforço é feito para conseguir o que ambicionam. Ou, então, quando o fazem, não se preocupam muito com as conseqüências de tal procedimento, se ele é fundamentado na ética e na moralidade: o que vale mesmo é o querer, conquistado a qualquer custo e preço.   Analisando esses   tipos de comportamento apresentados, percebe-se que muito têm a ver com o que é descrito na parábola denominada “O Macaco e a Banana”.   De acordo com tal parábola, os indivíduos pertencentes a uma certa tribo africana haviam chegado   ao extremo de inanição por não terem com que se alimentar. Resolveram então capturar alguns macacos ainda restantes,   visando saciar a fome incontrolável que sentiam. No entanto, como todos sabem, macacos são animais muito ariscos, espertos e sempre encontram uma forma de fugir de quem os persegue. Para resolver esse problema, alguns membros da tribo desenvolveram uma estratégia que funcionou perfeitamente. Pegaram várias cumbucas de boca estreita e, dentro delas, colocaram as únicas bananas que ainda restavam, mas que não eram suficientes para saciar a fome de toda a tribo. A seguir, tais cumbucas foram penduradas em galhos de árvores freqüentados pelos visados macacos. Como haviam previsto, aos poucos, os macacos foram chegando e, ao perceberem que havia uma banana dentro da cumbuca, nenhum deles vacilava: instintivamente, enfiavam dentro dela uma de suas patas, tentando pegar a fruta desejada. Ficavam ali se retorcendo por muito tempo, buscando uma forma de retirá-la da cumbuca e, como não conseguiam, acabavam sendo capturados e transformados em alimento para os famintos membros daquela tribo. Pois bem, a grande reflexão que está contida nesta parábola é a seguinte: por que os macacos teimavam em encontrar, a qualquer custo,   uma forma de retirar as bananas, mesmo correndo o risco de serem capturados e mortos pelos indivíduos da tribo? Será que tal atitude era mantida pela esperança que tinham de encontrar alguma forma de retirá-las da cumbuca e, finalmente, saboreá-las? Ou será que, por se tratar de um fato novo, de uma experiência não vivida anteriormente, não puderam contar com a ajuda da memória, já que é nela que são mantidos e registrados tanto os resultados agradáveis, como aqueles que provocam diferentes tipos de dor ou frustração???  Se não há como  definir porque os macacos apresentavam tais procedimentos, por outro lado, trata-se de um excelente material para que seja estabelecida uma correlação entre os procedimentos apresentados pelos macacos frente a uma situação que envolvia desejo, com os atuais comportamentos humanos. Muitas são as lições de vida que poderão ser extraídas desse paralelo, considerando-se que inúmeras pessoas vêm agindo de forma muito semelhante   e apresentando respostas muito parecidas àquelas dadas pelos macacos, quando se defrontam com determinadas situações que lhes inspirem o já referido desejo.   Dentre elas, deve ser destacada a insistência que demonstram quando desejam obter algo ou atingir um resultado que lhes seja favorável , mesmo sabendo, antecipadamente, as reduzidas probabilidades de sucesso, já que lhe são totalmente adversas. E este é um dos principais motivos que faz com que um infindável número de pessoas sinta-se infeliz, seja no trabalho, nas relações familiares (especialmente no casamento) e, apesar de tanto sofrimento, continuam, anos a fio, apostando em uma possível reversão do motivo desencadeador de tal insatisfação. Não percebem que este é o grande sentido negativo da vontade, já que tais situações frustradoras, certamente, são hoje consideradas como fatores desencadeadores de inúmeras doenças degenerativas e corriqueiras no mundo atual.   Não entendem também que esses processos mentais doentios   estão estreitamente relacionados com a radical insegurança humana que, como pode ser observado, domina a maior parte da população mundial na atualidade. E o questionamento que se deixa aqui postado é o seguinte: até quando pessoas e mais pessoas, continuarão colocando em risco tanto a saúde física quanto a mental, simplesmente porque não conseguem ter a coragem suficiente de se abrirem para a mudança? O que mais será preciso acontecer para que homens e mulheres entendam de vez que precisam efetuar o resgate de si mesmos, sendo verdadeiros, criativos e críticos para que não se deixem dominar por certas circunstâncias castradoras da subjetividade que impedem que experimentem uma forma de viver diferente, satisfatória para o ego e para a própria essência individual??? Esse mundo novo em que fomos inseridos, inadvertidamente, exige que muitos postulados e princípios sejam revistos e reformulados, porque, caso contrário, essa explosão de doenças e males psicossomáticos, antes inexistentes, só tende a se expandir, retirando das pessoas o que têm de mais grandioso, ou seja,   o brilho do olhar, a vontade de estar bem consigo mesmo, com as demais pessoas e com a própria vida.  



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