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A América inglesa
(cerqueira)

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(...) A América inglesa: povoamento e diversidade


Em algumas regiões da América do Norte formaram-se colônias inglesas bem mais autônomas que as colônias ibéricas. Seja em razão dos graves conflitos político-religiosos ocorridos no território inglês, seja devido ao maior interesse dos comerciantes ingleses nos negócios do Oriente, o fato é que a colonização da América do Norte pela Inglaterra ocorreu de forma lenta e descontínua, e com menor presença do Estado.
   Na maior parte das vezes, foram empresas particulares inglesas ou ainda os próprios colonos que promoveram a ocupação inicial e determinaram as formas de exploração da riqueza e a utilização da mão-de-obra. Essa situação e, ainda, as diferentes condições climáticas, fizeram com que as colônias inglesas na América passassem a apresentar características bem diversificadas.
   No sul, o clima quente permitiu a formação de uma economia agrária de base escravista, voltada para o mercado externo, especialmente para a Inglaterra. As grandes plantações de tabaco e de algodão favoreceram a emergência de uma sociedade aristocrática e escravocrata, semelhante a muitas colônias ibéricas. A Coroa inglesa, no decorrer do século XVII, tendeu a ampliar o controle da produção e da comercialização dos produtos agrícolas do sul.
  Já a ocupação da região norte obedeceu a critérios muito diferentes dos estabelecidos em outras regiões americanas. Ali foram criadas colônias de refugiados políticos e religiosos, interessados em construir uma nova sociedade, voltada para os seus próprios interesses e baseada na sua consciência religiosa. O clima temperado também inviabilizava a criação de empresas agrícolas voltadas para o mercado externo. O resultado foi a formação, nas regiões norte e centro, de uma economia agrária de base familiar ou servil, mais voltada para o consumo interno. O trabalho servil era temporário e regido por contratos. Aquele trabalhador sem recursos que desejava vir para a América pagava a passagem e a hospedagem com o seu trabalho, por um determinado tempo (cinco a sete anos), às empresas de colonização. Mais interessada na produção de gêneros tropicais, a Coroa inglesa não procurou proibir que se desenvolvessem nessas duas regiões atividades manufatureiras e comerciais, capazes de atender ao consumo local. Essa maior liberdade permitiu o surgimento de um forte grupo mercantil que teve até mesmo condições de impulsionar atividades comerciais com portos de várias partes do mundo. Era o comércio triangular, que interligava a economia americana com a África e a Europa. Mais tarde, a Coroa inglesa tratou de adotar medidas que visavam terminar com essa liberdade comercial. A relativa autonomia econômica - mais presente nas regiões norte e centro - foi acompanhada de uma certa liberdade política, que permitiu a criação de órgãos representativos dos próprios colonos. Mesmo com as limitações que foram sendo impostas a esses órgãos, eles se tornaram muito importantes para a garantia de algumas liberdades políticas e econômicas perante a política colonial inglesa. Para explicar a realidade colonial da América, alguns autores dividiram as colônias americanas em dois tipos: as colônias de exploração, vinculadas ao sistema mercantilista, e as colônias de povoamento, colocadas à margem desse sistema.
   A América Portuguesa seria o exemplo mais significativo do primeiro tipo, enquanto o norte da América inglesa representaria o exemplo típico das colônias de povoamento.



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