Copos que andam
(Antônio Carlos)
Uma brincadeira aparentemente infantil, que pode ter consequências trágicas. Brincar com inteligências como a nossa, mas em outro plano, cobra seu preço nesse romance espírita em que várias personagens tornam-se alvo de obsessões pertinazes. Revela também um pouco de um assunto não muito frequente em obras espíritas, a saber: a realidade dos chamados espíritos "maus" (que na verdade são melhor qualificados como atrasados ou ainda ignorantes).
O uso de nomes esdrúxulos, a incoerência dos atos e idéias e a predominância de sentimentos inferiores como o orgulho, o egoísmo e a agressividade mostram-se como características identificadoras desses elementos, que não devem ser desprezados ou evitados, mas tratados como pessoas assim como nós, necessitadas de apoio e auxílio.
Além de uma história envolvente, a obra apresenta um interessante teor educativo para quem desejar instruir-se mais sobre esse outro lado da vida.
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