Café
(Gustavo Xavier _ Revista VivaSaúde)
O café faz parte da alimentação brasileira. No mundo todo, só as plantas para fazer refrigerantes de cola e o chá ficam no mesmo patamar do café em termos de vegetais campeões de consumo.
O café não possui apenas cafeína, mas também outros componentes. Embora seja o componente mais conhecido do café, a cafeína constitui apenas uma parte de sua composição total. Potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais estão presentes no grão, embora em pequenas quantidades. Aminoácidos, proteínas, lipídios, além de açúcares e polissacarídeos também o compõem.
Uma das ações da cafeína se dá sobre os quadros de depressão. E, nesse sentido, o café parece ser um aliado importante no combate à doença. “A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central e, em pequenas doses, pode trazer uma sensação de bem-estar, disposição e ânimo”. Tratando-se ainda do sistema nervoso, também há indícios de que a cafeína possa reduzir a incidência da doença de Alzheimer. Porém, estudos nessa direção ainda são experimentais, feitos com animais, e não é possível especular sobre os mesmos efeitos em seres humanos. A cafeína causa dilatação dos vasos cerebrais, aumentando o fluxo de sangue para a região. É por isso que muitos medicamentos para dor de cabeça são administrados em associação com a cafeína, pois assim o remédio é levado em quantidades maiores para o cérebro.
Se a cafeína pode ter um papel positivo em algumas situações, em outras há algumas restrições. Para quem tem problemas de refluxo gastroesofágico, é bom diminuir as doses. Gastrite é outro problema que exige redução de cafeína, pois esta pode se tornar um fator de irritação da mucosa do estômago. Também há indícios de que a cafeína dificulte a absorção de cálcio pelo organismo. Mais do que isso, ela estimula a excreção de cálcio pela urina, o que causa a retirada do mineral presente nos ossos, enfraquecendo-os. As restrições se estendem a quem tem problemas cardiovasculares. A capacidade estimulante da cafeína tem influência sobre o aumento da freqüência cardíaca. Também há alterações na pressão arterial em algumas pessoas nos instantes seguintes à ingestão de uma xícara de café. Mas todos esses dados variam de pessoa para pessoa.
O café pode contribuir para o emagrecimento. Esse efeito provavelmente está relacionado ao aumento do metabolismo provocado pela cafeína, estimulando a produção de hormônios chamados catecolaminas. Mas a liberação das gorduras dos tecidos adiposos não implica diminuição de seus níveis no sangue. O café também guarda os polifenóis antioxidantes, especialmente os ácidos clorogênicos. Na bebida, os antioxidantes são mais numerosos do que no vinho tinto ou no chá verde, por exemplo. Os ácidos clorogênicos, podem ser descritos como “cirurgiões celulares”. Ao passar pela torrefação dos grãos, eles formam as quino-lactonas. Além de os ácidos clorogênicos ajudarem a combater as inflamações, a formação de tumores e inibirem desencadeadores de asma, também contribuem para a sensação de bem-estar. “As quino-lactonas, formadas quando os grãos de café são torrados, atuam diretamente no humor, alterando as endorfinas.``
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