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O fim principal do filme, que uma leitura cinematográfica de "A era do extremos" de Eric Hobsbawm, é retratar o surgimento da Globalização e como ela foi benéfica e/ou maléfica para a humanidade.
Imagens ilustradas de maquinários, invenções, fumaça, rotinas trabalhistas... Tudo isso aparece com o surgimento da globalização. De fato, ela foi um grande avanço na história da humanidade e continua sendo até a época presente, mas, como tudo na vida, a globalização também teve o seu aspecto negativo. O grande avanço tecnológico substituiu o cheirinho dos cavalos nas carruagens pela fumaça dos automóveis. E mais, a mão-de-obra humana foi, pouco a pouco, sendo substituída por máquinas. Um exemplo disso é trazido pelo filme, quando vemos que a fabricação de um carro demorava cerca de doze horas para sua total conclusão, e com a globalização esse tempo diminuiu para aproximadamente uma hora e trinta minutos. Assim, a ganância das pessoas pelo capital aumentou significativamente, com isso os conflitos e as guerras tornaram-se mais constantes. E por falar em guerra... Ela é muito salientada no filme, sobretudo as mortes que ela ocasiona.
Com esse documentário, aprendemos também a ver a individualidade de cada ser que morre numa guerra, e concluímos que a globalização além de afetar as áreas econômicas, políticas, culturais e religiosas, também afetou o pensamento humano. Muitas foram as mortes, muitos foram os homens desempregados, muitas foram as garotas que abandonaram o ballet... Porém, não podemos assumir um caráter revolucionista e precipitado e criticar a globalização, pois se não fosse por ela, talvez nem estivéssemos aqui. Temos que ver a globalização como ela realmente é: Um avanço que trouxe conseqüências positivas e negativas. Muitos foram os ganhos: Eletricidade, equipamentos modernos, automóveis... E muitas foram as perdas: desde a perda de um emprego até a perda da própria vida em guerras de interesses econômicos.
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