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O Aleph
(Jorge Luís Borges)

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"O Aleph" é uma obra que intimida o leitor à primeira vista, e vários são os motivos.

A linguagem rebuscada do narrador;na realidade ele próprio, causa estranheza a quem não tem o hábito da leitura. O texto pode parecer confuso dada a sua distribuição em diversos caminhos que parecem não levar a lugar nenhum podem levar um desavisado à desistir da leitura e a intitular-se inimigo declarado do autor.

Esse estilo de escrita é o que se convenciona chamar de labirintítico como aliás todas as obras dele são permeadas por simbolismo. Na realidade, o labirinto na concepção do autor é a própria literatura,pois ela é uma construção complexa,cheia de referências na qual cada desvão é capaz de lançar-nos a outro imediatamente contido em seu interior e assim sucessivamente até o infinito.

Literalmente a literatura é infinita, e pela sua narrativa o autor expõe a natureza literária.
Claramente o conto exerce uma função metalingüística,ou seja: A literatura explicitada pela própria literatura. Para ler esta obra é preciso utilizar os sentidos, os simbolismos são a marca registrada do autor,por isso analisa-la do ponto de vista racional não surtirá o efeito desejado. Aqui e em qualquer outra obra de Borges,depara-se com o realismo fantástico,isto é,algo que não é real,mas por sua verossimilância acaba tornando-se mas real que a própria realidade,esta é uma característica surrealista.

Resumindo, Borges inicia sua narrativa falando da morte de alguém( Beatriz) e ele expressa um sentimento de desencanto,pois o mundo à seu redor mudou imediatamente após a morte desta.

Segundo a teoria do caos o que ele acaba de descrever é o "efeito borboleta" em que simples ações sem qualquer relação,na verdade influem em fatos à quilômetros de distância.  Percebe-se que o autor tem uma preocupação filosófica acerca da existência das coisas,a sua utilidade,a sua fragilidade.
 
Explica-se o que tem em comum a morte de Beatriz e o Aleph.

O leitor passa a saber da existência deste somente no meio do conto e aqui mais uma vez,mais uma referência. O Aleph na realidade é uma referência à idéia exotérica do holocentrismo em que o todo está contido nas partes e as partes estão contidas no todo.
Pergunta-se o que é o Aleph,afinal e a surpresa é que ele sempre esteve às vistas do leitor,seja no labirinto,no espelho ou no poema longo. Na verdade,não existe apenas um Aleph.

Ele é múltiplo. E a Beatriz,na realidade era apenas uma distração,uma peça que o autor pregou no leitor e ainda assim com esta brincadeira,Borges adverte-o de que tantos conteúdos acumulados legam as memórias ao esquecimento



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