Meu Nome Não é Johnny
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Análogo a "Profissão de Risco", filme dirigido em 2001 por Ted Demme e "O Gangster", obra de 2007 conduzida por Ridley Scott, "Meu Nome Não é Johnny", de 2008, conta a ascensão e a queda do envolvimento de um jovem com o tráfico de drogas. Baseado em fatos reais, no livro homônimo do jornalista Guilherme Fiúza, o filme de Mauro Lima, narra a história de João Guilherme Estrella, um rapaz da classe média que movimenta a venda de cocaína na zona sul do Rio de Janeiro nos anos 90, mas que não enriquece com o tráfico de entorpecentes. João Guilherme (Selton Melo) é um jovem sem limites, que preferia a diversão ao acúmulo de bens. Todo dinheiro ganho com as transações, seja no Rio ou na conexão com Barcelona, era gasto em festas onde a droga circulava gratuitamente. Aproveitando a vida com a namorada Sofia (Cléo Pires), João vê sua sorte mudar quando é preso em uma operação policial. Classificado como um barão do narcotráfico internacional, João, com a benevolência da juíza do caso, é condenado a dois anos de reclusão em uma instituição psiquiátrica.
"Profissão de Risco" e "O Gangster", também histórias de bases verídicas, são obras cujos protagonistas sonhavam com poder aquisitivo, acúmulo de riqueza material e organização nos negócios, já a história de João Guilherme é a narração da irresponsabilidade, do oportunismo e da falta de perspectiva - apesar dos privilégios da classe ao qual ele pertencia. João era um jovem que percebeu a facilidade de adquirir renda finaceira rapidamente alimentando o vício dos burgueses cariocas. Consumindo o próprio produto, João perdeu o controle e não se resguardou precavendo-se juridicamente e declinou pelo fato de levar uma existência de excessos. "Meu Nome Não é Johnny" além de versar sobre a inconsequência e total falta de limites, pois João não possuia um referencial no qual se guiar ou apoiar, transmite a sensação de que há posssibilidade de uma segunda chance mesmo num mundo danoso como as das drogas.
Mauro Lima conseguiu realizar uma obra de ritmo ágil, mas com certa contundência, sem apelar para moralismos inadequados, mostrando a eclosão das drogas entre a juventude carioca dos anos 90 e deixando espaço para a redenção e o futuro.
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