Retinoblastoma - Já ouviu falar no teste do olhinho?
(Paula Desgualdo)
Não é de estranhar que pouca gente tenha ouvido falar na doença, afinal, ela atinge apenas 400 crianças brasileiras anualmente. Mas não é por isso que o retinoblastoma merece menos atenção. Ao contrário: perceber que o problema se instalou nos olhos do seu filho é essencial para preservar a visão dele. E não é nada complicado flagrar esse tumor, como você verá a seguir.
Antes de descobrir como diagnosticá-lo, saiba que o retinoblastoma é um tumor maligno que surge na retina – ele pode estar presente quando a criança nasce ou surgir até o terceiro ano de vida. Após os 4 anos, o risco cai muito e são raros os casos, de acordo com Sidenei Epelman, presidente da Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca).
Para que seja detectado ainda na maternidade, é importante fazer o teste do reflexo vermelho – também conhecido como teste do olhinho – logo que o bebê nasce. O médico projeta um feixe de luz sobre os olhos da criança e observa se algum empecilho bloqueia o trajeto do raio. É simples, rápido e indolor. Caso a doença se desenvolva depois de alguns meses, basta um exame de fundo de olho, realizado pelo oftalmologista, para detectá-la e surpreendê-la.
Mas o mais importante é que os pais estejam atentos, pois esse câncer dá um sinal perceptível a olho nu: um reflexo branco na pupila, chamado de leucocoria, o popular olho de gato. Ele pode aparecer em um olho só ou nos dois – tirar uma fotografia da criança ajuda a enxergá-lo. Outros sintomas que podem estar relacionados ao retinoblastoma são o estrabismo e os olhos vermelhos, segundo Sidnei Epelman. É preciso que os pais se mantenham alertas e levem a criança ao oftalmologista. O diagnóstico precoce pode evitar a perda da visão.
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