O CURTUME E O COSTUME - FÁBULAS
(Esopo)
Acostumamos fácil com tudo que se repete. Xantos perguntou a Esopo como ele ilustraria de modo bem nítido, como se fixam em nossa vida os hábitos, mesmo contra nossa natureza. Contou ele: “Vivia um rico senhor com sua linda propriedade cheia de flores e frutas, quando veio um Curtidor e se instalou logo acima dele, poluindo sua nascente de belas águas cristalinas. Gritou, esperneou, mandou recados e o curtidor pediu mil desculpas, informando que já iria providenciar a mudança. Passado algum tempo sem solução, foi até lá e solicitou que o vizinho inconveniente acelerasse a partida. Bem recebido e as promessas repetidas, voltou para casa e aguardou. Um ano depois, já acostumado com o terrível mau cheiro (metano, né?) e talvez as águas servindo de adubo em hidroponia (hehehehe) para suas verduras, cruza com o vizinho curtidor que repete os pedidos de desculpas e a promessa de mudar e ele diz – até que incomoda pouco...” Pois é, essa é a razão da Senzala geral manter-se desde muito antes dos Faraós (lembram de José com as Vacas Magras?) e prosseguir após as supostas Abolições, Revoluções, hoje com o Bolchevismo estatizante arrochando as algemas à vontade causando cada vez menos protestos. Essa é a técnica dos ditadores - Hitler, Stálin, Mao, Fidel, Gramsci, Cosa Nostra... Algemas protetoras... Pai dos pobres... Poderia ser pior... Assim é o curtume e o costume.
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