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http://www.metacafe.com/watch/2064702/a_day_in_taroudant/
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A palavra “folclore” tomou um sentido tão vago, e, às vezes, até mesmo irrisório que se está muito longe do sentido primitivo. Na verdade, designa tudo aquilo que tem a ver com as tradições orais nas populações rurais da Europa, tradições que remontam à Idade Média, uma época na qual campesinos e artesões possuiam uma língua, lendas, danças e cantos específicos. O rolo compressor de um modo de ensino único para todo o país ainda não tinha vindo apagar o caráter próprio de cada região, assim como o ponto de vista do modo de vida do temperamento dos seus habitantes, para nivelar as diferenças.

Os países da Europa onde essas tradições se mantiveram vivas por mais tempo são os mais isolados geograficamente e os menos industrializados. Assim, na Ile-de-France, região de transição, os costumes se perderam muito mais cedo do que na Bretanha ou em Córsega. Não seria necessário acreditar que não haja nenhuma comunicação entre a música (culta) escrita e reservada a uma classe da sociedade, e a música popular (no melhor sentido do termo). A separação cultural entre categorias sociais era menos rígida que neste fim do século XX, e os camponeses possuiam ecos daquilo que se cantava no castelo, não era prazer apenas dos instrumentistas.

É no século XIX que os escritores inclinam-se sobre os EUA e costumes das populações aldeãs (George Sand escreve seus romances, onde ela descreve festas e cerimônias berrichones). De sua parte, os compositores russos descobrem os cantos de tradição oral que servem de fundamento à sua música. Assim se inicia um movimento que alcança toda a Europa: Pedrell descobre este rapaz na Espanha, Kodály, depois Bartók na hungria; eles recolhem centenas de cantos e os anotam. Na França, músicos com nomes menos prestigiados fazem o mesmo, cada um explorando uma província: era a hora, já que o século XX via o abandono de todas essas tradições. Foi apenas nos anos 60/70 que vimos aparecer uma renovação no interesse, pelas línguas primeiramente, depois pelos objetos; criaram-se então os museus (de arte e tradição popular), mas a música não se aprisiona nas vitrines se ela não for escrita ou registrada.

Em cada país, a música folclórica mergulha suas raízes em um tipo de civilização oral, que só se encontra na África e nos países orientais.
Ela está intimamente ligada á vida cotidiana de uma comunidade humana; esquematizando, pode-se dividi-la em várias categorias:

1.cantos narrativos;
2.cantos de trabalho ou de organizações (cantos de labor, de fiar);
3.cantos de estação;
4.cantos festivos (São João, Todos os Santos, Natal; a mesma melodia acaba por servir de suporte para três textos diferentes);
5.cantos de eventos (casamentos, cerimônias fúnebres);
6.cantos de dança, extremamente diversificados.

Pareceria que os homens de nossa época desejam lutar contra a uniformização e procuram encontrar uma identidade cultural (reagindo contra aquilo que é imposto pela mídia), por um retorno, talvez utópico, às práticas musicais ligadas ao sentido da festa.

O vídeo abaixo foi capturado em Marrocos, no Taroudant (dança e canto folclórico da cidade de Taroudant).



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